Debates sobre o Orçamento Municipal costumam cair no lugar comum em Petrolina. Na sessão plenária de ontem (28), não foi diferente. Oposicionistas e governistas explanaram sobre o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, enviado pelo prefeito Simão Durando, e esquentaram mais uma vez a discussão.

Integrante da bancada de oposição, o vereador Dhiego Serra (PL) até reconheceu virtudes na gestão de Simão, ao afirmar que o prefeito vem fazendo um trabalho melhor do que seu antecessor, Miguel Coelho (UB). Mesmo assim, seus colegas de bancada não aliviaram nas críticas.

O líder oposicionista Professor Gilmar Santos (PT), por exemplo, mesmo adiantando que votaria favorável ao projeto, não deixou de pontuar suas ressalvas. Segundo Gilmar, o projeto da LDO deveria conter detalhes das intenções do governo municipal sobre compromissos com áreas como saúde, educação e economia – o que não ocorreu. O vereador lembrou ainda que a projeção de investimentos da prefeitura no ano que vem é de R$ 2,3 bilhões, mas faltou diálogo com os maiores interessados. “A gente pergunta: como esse documento foi construído sem a participação do povo?”, questionou.

Em contrapartida, o líder do governo, Diogo Hoffmann (UB), contestou argumentando que todas as LDOs votadas e aprovadas na Casa Plínio Amorim foram voltadas para melhorias na qualidade de vida dos petrolinenses. Hoffmann citou ações como o hospital municipal, entrega de Unidades Básicas de Saúde (UBS), pavimentações, duplicação de rodovias, implantação de viadutos e investimentos na Guarda Civil Municipal (GCM). “Ninguém está dizendo que está tudo perfeito, mas somos fiscais que ajudam nosso prefeito a melhor gerir. Agora, dizer que a realidade de 2025 não é completamente diferente de 2017, é miopia. E aproveitando que está tendo mutirão de catarata, quem está negando pode até se submeter a essa cirurgia”, ironizou.

Aprovação

Ao final das discussões, a matéria foi aprovada em duas votações. Na primeira, recebeu 20 votos a favor, e a segunda 18.