Prejuízos provocados pela seca em Pernambuco já passam dos R$ 400 milhões, informa secretário

por Carlos Britto // 24 de maio de 2012 às 13:35

Foi decretado estado de emergência em 99 municípios pernambucanos em função da seca que atinge o estado. Segundo o secretário estadual de Agricultura, Ranilson Ramos (foto), o número engloba todos os 56 municípios do sertão de Pernambuco e 43, das 66 cidades no agreste.

Os agricultores, que respondem por cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB de Pernambuco, já contabilizam prejuízos provocados pela seca na ordem de R$ 411 milhões, como perdas de 370 mil toneladas de grãos.

Pelas contas do governo, nos quatro primeiros meses deste ano, o setor pecuário registrou 120% mais saídas de animais do estado (bovino, caprino e ovino)do que no mesmo período do ano passado. (Da Agência Brasil/JC Online)

Prejuízos provocados pela seca em Pernambuco já passam dos R$ 400 milhões, informa secretário

  1. Ronaldo Santana do Nascimento disse:

    A seca castiga, e muitos ainda aproveitam para festejar, esse foi o pior momento de fazer esse são João carrissimo. todas as cidades circuvisinhas fizeram sua parte , reduzindo os gastos com as festas e com isso muita gente incompreensivas estão criticando. eu aprovo a atitulde de todos os prefeitos, pois quem mora na rua e tem seu emprego tem dinheiro certamente para curtir , mais que esta na caatinga passando sede e fome na labuta com os bichos morrendo não tem como vir , e se vem vão sacrificar alguam coisa. vamos pensar nosso proximo, assim como gostariamos que eles pensassem em nós tambem.

  2. Batista Cavalcanti disse:

    “O momento é para soluções e o sertanejo não pode esperar”

    Caro Secretário Ranilson Ramos!

    Me permita sugerir algumas ações de curtissimo prazo para melhorar de imediato os efeitos da seca:
    -Montar equipes de recuperação de poços artezianos. São
    muitos e já sem as estruturas.(cataventos,bombas e canos)
    -Aumentar as equipes de aberturas de novos poços.
    -Colocar energia onde houver poços com vazão acima de 2000l/h.
    -Distribuir reservatórios de 3.000 e 5.000 litros, por criador cadastrado
    na ADAGRO.
    -Construir bebedouros de alvenária com capacidade para 1.500litros
    -Distribuir ração de milho,farelo e outros.(usar cadastro da ADAGRO)
    -Comprar boa parte da produção de carne caprina e ovina para merenda escolar,evitando a quebra de preço em função da grande
    oferta motivada pela seca.
    -limpar aguadas e açudes.

    A médio prazo:
    – Acelerar a quebra de barreiras fitosanitária,facilitando a exportação, com agregação ao produtos derivados, de melhor valor.
    -Criar um programa ” Rebanho Mínimo”. Garantindo ao criador uma quantidade mínima de matrizes e um reprodutor. Evitando a quebra
    e o desinteresse do mesmo pela atividade.
    -Contruir ENTREPOSTOS, já com o certificado de inspeção estadual, para produção de cortes especiais e embutidos, agregando valor para exportação.
    -Criar o ” BRETE MÓVEL” para melhorar a logística da ADAGRO na
    campanha de vacinação do rebanho contra AFTOSA.
    -Criar o programa ” NOVA PALMA”. Distribuir e custear o plantio de uma nova espécie de palma, que substituisse as que foram totalmente dizimadas pela cochonila do CARMIM.
    -Tirar do papel as adutoras que não começaram a construir e terminar as que estão em construção.

    Obs:Parabéns pelo o poço encontrado com a vazão acima de 20.000litros/h.
    Na região de Afrânio existem 03 poços com vazão aproximada a
    10.000 litros/horas( Fazendas: Bolqueirão,Baixa Bela e Nova Olinda).

    Comentar ↓

  3. Crítico disse:

    PROVAVELMENTE O GOVERNADOR E O SECRETÁRIO NÃO SABIAM QUE EXISTIA A SECA, E POR ISSO NADA FIZERAM P/ AMENIZAR O SOFRIMENTO DO SERTANEJO.
    POR ESSE MOTIVO FICAM AGORA CONTABILIZANDO OS PREJUIZOS PROVOCADOS PELA SECA!!!
    ESSE SECRETÁRIO É MUOTO BOM DE VOTO, NÃO SEI PQ DEIXOU DE SER CANDIDATO!!
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    1. Jonas Ramalho disse:

      No mínimo.

  4. ADALTO MELO disse:

    Criatividade, “sertanejeidade” e propriedade nas palavras bem escritas, aliadas à essência de um grande bodocoense que canta, encanta, colore e faz bem com seu forró iluminado. Quem pensa que Flávio Leandro é só xote, arrasta pé e folia, vai se surpreender com sua serena, porém afiada forma de escrever.

    Talvez a seca por Arnaldo Jabor ou quem sabe, Paulo Coelho, mesmo com belas palavras, seria apenas mais um relato da seca. Mas um bodocoense, poeta cantador, que fala da seca que cerca os seus olhos e além de tudo, que traduz o seu olhar em uma visão crítica a fim de construir dias melhores, tem mesmo de ser difundido. Flávio não deixa passar despercebida a miopia dos tribunais que já avisaram aos prefeitos nordestinos: serão punidos os gestores de municípios que estiverem em estado de emergência, e que ainda assim, realizem grandes festejos juninos.

    Vale a pena ler! Flávio é mesmo o Poeta Cantador que o Nordeste se orgulha e tenho o prazer de acatar sua sugestão, postando aqui no blog suas ideias iluminadas sobre a seca.

    “A hipocrisia política brasileira é assombrosa, especialmente, a de oposição. Parece que estamos vivendo algo extremamente novo em relação ao clima do nordeste quando o assunto é seca. Desde que o nordeste é nordeste a seca existe. Desde que política é política no Brasil, a cantilena é a mesma: Ninguém faz absolutamente nada de sério em prol de uma convivência harmoniosa do sertanejo com a seca. Agora, já com a bomba na iminência da explosão e, de calças curtas, conseqüência de uma política desqualificada no tocante a ações preventivas de combate ou diminuição dos efeitos da mesma, a regra é cortar.

    A tesoura da incompetência afiada pelos conselheiros dos tribunais de contas municipais dos estados nordestinos, lubrificada pelas patéticas oposições sertão afora e estampada pela mídia sensacionalista de nosso país, será manuseada, à força, pelos gestores do executivo do nordeste para cortar a sua maior festa, o São João. E, o que é pior, justo no ano do centenário do grande cantador das nossas coisas, Luiz Gonzaga. A quem devemos render as maiores homenagens. O homem que dentre mil genialidades, oficializou o São João. Infelizmente, nenhum fundo preventivo para momentos como estes, foi criado. E aí, querem tirar de onde não deve. Ora, as despesas com as Festas Juninas já foram previstas no orçamento do ano passado.

    De posse disso, a cadeia produtiva do São João se preparou para tal, como acontece todo ano. O hotel não dormiu no ponto, o restaurante comeu pra valer, as barracas, quiosques e afins não cochilaram, as lojas de roupas chitas, calças e camisas botaram sua melhor vestimenta, as costureiras estão apostas, os sons foram testados, os palcos estão quase montados, as luzes estão prontas pra calar o breu, os tocadores de forró prepararam o repertório e, o sertanejo, que não está morto, está sem água, e aí, se virem os políticos, já passou sebo nas canelas. Quer festa! Que mal há nisso? Não temos que assumir postura de mortos vivos e abdicarmos de nosso direito sagrado a alegria, que aliás, é o maior patrimônio do povo brasileiro. Cortar a festa junina do sertanejo da seca é punir com a lei quem já foi punido pela natureza. A seca é nossa realidade, seus efeitos escancarados, passados de geração em geração, são a prova de nossa falta de compromisso com o voto.

    A agropecuária é um forte setor de qualquer economia no mundo, mas, quando ela vai mal, o que temos que fazer além de socorrer os diretamente penalizados, é fortalecer outros setores da economia para suprir essa falta. A roda da economia não pode parar. Quer um exemplo? Economize os R$ 10 milhões que são gastos no São João de Caruaru para você enterrar a economia local e retirar do seu povo os R$ 200 milhões que são gerados a partir da cadeia produtiva dessa festa. Idem Campina Grande, Petrolina, Amargosa, Cruz das Almas e Companhia. É um disparate! Um despautério! Como disse um dia não sei quem: É prosopopeia flácida pra acalentar bovinos. Temos que ficar atentos sim. Vigilantes. Na certeza de que nossos irmãos menos favorecidos e mais penalizados não passem privações. Na certeza de que a mão do governo está chegando para ampará-los e quando isso não ocorrer, denunciarmos. Na certeza de que, se preciso for, iremos exercitar a maior concorrente de nossa alegria, a nossa generosidade. Sejamos humanos, não hipócritas, pois, a economia gerada com o corte nas festas juninas é café pequeno diante da grandiosidade da seca e, além de não irrigar nosso chão, deixará de chover no solo de outras áreas igualmente importantes de nossos parcos setores produtivos. Sigamos o exemplo de Israel que, quando chove, chove um décimo do nordeste, mas, no entanto, tem o maior sistema agropecuário do mundo.

    Quem escreve estas palavras é um cantador sertanejo de Bodocó-PE. Um forrozeiro. Que antes que alguém diga que está chorando atrás de shows, já avisa, que Graças a Deus, sua agenda junina está ótima. Um criador de ovelhas. Um matuto que gosta das Coisas do Sertão e suas nuances. Que nesse momento não se encontra em nenhuma praia do litoral brasileiro, mas, na zona rural de seu município. Na sua residência. No mato. No centro do centro do Nordeste. Vendo em cada amanhecer as agruras da seca, mas, tendo a convicção de que no primeiro momento em que o céu encher o seu bucho de nuvens e der cria a uma chuva o sertão vestirá sua melhor roupa, uma roupa verde, bela. Dará uma grande gargalhada e sairá, de novo, para outra festa!”

    Flávio Leandro – O Poeta Cantador

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