Com 110 mil hectares, o Refúgio de Vida Silvestre Tatu-Bola compreende uma área nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, ambos no Sertão do São Francisco. O decreto de criação foi assinado no mês de março pelo governador Paulo Câmara (PSB). No entanto a Prefeitura de Lagoa Grande, depois de consulta à população local, contestou as formas do decreto.

De acordo com a assessoria, a população ainda não entende completamente o que significa a reserva, bem como não compreende as verdadeiras implicações em suas vidas, o que deixa evidente a falta de preocupação por meio dos que desenvolveram o projeto em entender a realidade de cada área e a influência direta na forma de vida que as pessoas da região demarcada levam.

Depois dessa avaliação, representantes da prefeitura e da comunidade terão uma reunião nesta quinta-feira (16), no Recife, com o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado, Sérgio Xavier, para debater sobre o caso.

Conforme a assessoria, o município não é contra a preservação do meio ambiente, porém deve-se levar em consideração a população que poderá ser prejudicada de forma direta não podendo ter liberdade no exercício de suas atividades agropecuárias.

Para o secretário Robson Amorim, “é necessário que se chegue a um denominador comum onde ninguém saia prejudicado: nem o meio ambiente nem o homem do campo. Para tal é necessário que haja o devido entendimento do que vem a ser essa unidade de conservação. A população quer respostas e a prefeitura irá atrás delas representando e levando os reclames do povo”, enfatizou. (fonte/foto: Ascom PMLG)