Prefeita de Floresta (PE) nega supostas irregularidades em aquisição de fazenda e acusa adversários de tentarem criar 'factoides'

Prefeita de Floresta (PE) nega supostas irregularidades em aquisição de fazenda e acusa adversários de tentarem criar ‘factoides’

por Carlos Britto // 01 de março de 2013 às 13:00

Em e-mail enviado ao Blog, a prefeita de Floresta (PE), Rorró Maniçoba, rechaçou veementemente as denúncias de supostas irregularidades na aquisição de uma fazenda, feita pelo município, para ser doada ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão de Pernambuco (IF Sertão-PE).

Segundo a prefeita, foram oferecidas quatro fazendas, e não apenas uma, para análise do Instituto sobre qual seria a mais indicada. Rorró ressaltou também que as denúncias são descabidas e não passam de uma tentativa dos seus opositores em criar ‘factoides’ contra sua gestão.

Confiram a nota, na íntegra:

Prezado Carlos Britto,

Foi com surpresa que recebi a notícia da publicação em seu blog, de matéria dando conta de supostas irregularidades praticadas por nossa gestão no processo de aquisição de fazenda para o campus Floresta do IF Sertão Pernambucano. Diante de tal injustiça, compete-me fazer algumas considerações a título de esclarecimento:

I – Não estou sofrendo pressão alguma no tocante a tal assunto. Até o momento, nenhuma instituição, seja o Ministério Público, Tribunal de Contas ou outra, prestou qualquer manifestação no sentido do conteúdo publicado pelo seu Blog. O trâmite para aquisição do terreno seguiu rigorosamente todas as etapas legais necessárias, nada havendo que desabone a conduta da gestão. O comportamento adotado pelas instituições supracitadas ecoa na postura da sociedade civil. Assim sendo, é totalmente infundada a afirmação de que estejamos sofrendo qualquer tipo de pressão.

II – O conteúdo publicado, apesar de conter suposições difamatórias graves, não aponta quem seria(m) o(s) autor(es) das mesmas. Não há nenhuma referência a instituições dos poderes Legislativo ou Judiciário (uma vez que elas nunca se pronunciaram na forma apresentada pela matéria) ou ainda uma pessoa física que assuma e prove as supostas irregularidades.

III – Só posso atribuir tão infundadas denúncias a setores da oposição que, por terem sido preteridos na querência popular, sentem-se incomodados com a maneira que governamos o município, invertendo prioridades e buscando melhorias para quem de fato mais precisa, fato confirmado pelo povo e ratificado nas urnas por duas vezes.

IV – Quanto à aquisição da fazenda, destacamos que essa foi uma promessa feita pela Prefeitura de Floresta e não cumprida pela gestão que me antecedeu. Consciente da importância que ela terá para os estudantes do IF, fizemos valer aquilo que havia sido esquecido no passado, assumimos a responsabilidade e efetuamos o processo de compra do terreno.

V – As afirmações de que o terreno seria inadequado ao trabalho proposto são, também, completamente infundadas. Foram oferecidas quatro fazendas ao IF Sertão Pernambucano. Os terrenos em questão foram devidamente analisados e julgados por uma comissão do próprio Instituto, que incluía o engenheiro agrônomo Abdoral Lucas e o zootecnista Iran Alves. Dessa forma, o Parecer Técnico, emitido pela Comissão de Avaliação do IF Sertão Pernambucano (instituída pela Portaria nº 367, de 11 de agosto de 2008) é categórico ao afirmar que “distante 3 km da sede, a propriedade A4 (Terreno em questão) apresenta maior viabilidade que as demais (…)”. A Comissão manifestou a mesma opinião quanto à disponibilidade hídrica, e destaca ainda que “em relação aos solos de melhor qualidade, a A4 apresenta mais solos de baixada (aluvial), sendo mais profundos e com características mais apropriadas para a agricultura, com melhores características químicas e físicas (maior fertilidade). A eletrificação também é citada no relatório com uma das vantagens, assim como instalações existentes como três casas, uma capela e dois reservatórios de água.”

VI – Dessa forma, por motivos óbvios, nenhum proprietário venderia suas terras por um valor tão abaixo do mercado. Isso foi o que disse o proprietário das terras, Justo Gomes Leal. “Nunca ofereci minhas terras a ninguém e, muito menos, por valores tão baixos”.

VII -Tendo em vista que a compra foi realizada há mais de dois anos e não gerou nenhuma manifestação por parte dos órgãos de controle ou mesmo do IF Sertão Pernambucano, entendemos que tudo isso não passa de uma tentativa desesperada de criar factoides embasados em mentiras.

VIII – É o que basta para o momento.

Um abraço.

Rorró Maniçoba/Prefeita de Floresta-PE