População do Pará decide manter estado em seu território original

por Carlos Britto // 12 de dezembro de 2011 às 07:28

Os eleitores paraenses decidiram, em plebiscito realizado domingo (11), manter o estado do Pará com o território original, segundo informou às 20h08 (horário de Brasília, 19h08 locais) o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Ricardo Nunes. A confirmação do resultado foi dada com 78% de urnas apuradas, duas horas depois do término da votação.

A apuração terminou por volta da 1h20 (horário de Brasília) desta segunda-feira (12) e o resultado final foi de 66,59% votos para o “não” à criação do estado de Carajás e 66,08% rejeitando a formação do estado de Tapajós.

Foram apurados os votos de 14.249 urnas do estado. A abstenção foi 25,71%. Do total apurado, pouco mais de 1% era de votos nulos e 0,4% de brancos. Foram contabilizados os votos de 4.848.495 milhões de eleitores. Com a decisão das urnas, o trâmite para a divisão do estado se encerrou junto com o plebiscito. Dessa forma, a Assembleia Legislativa paraense e o Congresso Nacional não precisarão analisar a divisão do território e criação dos novos estados.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski, comemorou a rapidez na divulgação do resultado parcial do plebiscito cerca de duas horas após o encerramento da votação.

Rejeição

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada na noite de sexta-feira (09) já apontava que a maioria dos eleitores do Pará rejeitaria a divisão do estado. O levantamento, terceiro e último feito pelo instituto antes do plebiscito, apontou que 65% dos entrevistados eram contrários ao desmembramento do Pará para a criação do estado de Carajás, e 64%, contrários à divisão para a criação de Tapajós.

A pesquisa foi feita de terça (6) a quinta (8), com 1.213 eleitores em 53 cidades paraenses e encomendada pelas TVs Liberal e Tapajós, afiliadas da TV Globo no Pará, e pelo jornal Folha de S.Paulo. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. (Do G1 c/foto)

População do Pará decide manter estado em seu território original

  1. Maria disse:

    Essa rejeição foi muito boa. A única coisa que o povo iria ganhar, seria um Governardo,Senador,Deputados, etc.Todos com nível de corrupção elevadíssimo. A resposta da população foi excelente.

  2. gargamel disse:

    Burrice…
    A criação de um estado tem o lado positivo de gerar emprego.
    Existe realmente o lado negativo de ter deputados, senadores a mais, mas temos que confiar nos orgãos de controle.
    Porém não podemos deixar de lado a criação de empregos menores, e a geração de vários concursos públicos. Isso sem dúvida seria um benefício e traria crescimento e desenvolvimento para Região.
    Outra coisa, estados como Amazônia, Pará, são imensos merecem ser divididos.

  3. Bruno disse:

    É uma pena! mas uma decisão dessas jamais poderia acontecer pelo voto de eleitores. O estado do Pará é imenso, quem sofre as consequências dessas distâncias geográficas são os ribeirinhos, que na maioria das vezes nem conhecem Belém, a capital, e nem são vistos pelo governo que prioriza as grandes cidades daquele estado. Ora, quem mora na capital não conhece os problemas dos ribeirinhos mais distantes, por isso mesmo acha que todos têm o mesmo atendimento. Quanto ao voto, é claro que Belém iria votar pela não divisão, pouco importa pra eles, mas os mais distantes, apesar de serem os mais afetados, não tem como competir com a capital em número de votos, irão perder sempre! O palácio vai continuar em Belém e os problemas vão continuar com o povo. Esse resultado não é novidade apesar de ser um absurdo!

  4. Elan disse:

    Se fosse para mim votar seria SIM! pois como todos já sabem teria mais empregos paras as pessoas daquelaa região… Enfim, ja que a unanimidade dos votos foi NÃO! resta agora ficar cada um na sua.

    :D

  5. Dreda disse:

    Será que essa é a vontade da população do Pará ou da população de Belém do Pará. A maior parte da população fica na capital, a única prejudicada com a divisão do estado. Tomara que as outras regiões não sejam retaliadas por terem votado em peso a favor da divisão.

  6. Desconstruidor de Discurso disse:

    Com a nova interpretação da Constituição dada pelo TSE de que o plebiscito deve-se dar com toda a população do Estado, município que se pretende dividir, o sonho de criação de outros Estados e municípios viraram pó. Ora, quem está comendo a carne não quer largar nem o osso. Imagine só se um dia o Sertão de Pernambuco resolve querer torna-se Estado autônomo: a região do Araripe rica em minério gipsyta; o Vale do São Francisco grande produtora de frutas, além de outras tantas riquezas… jamais Recife irá querer perder essa riqueza. Por lá, dizem que o Sertão é o grande problema para o desenvolvimento do Estado, porém um problema que ninguém quer se desfazer. Por isso, amigos sonhadores do Estado do São Francisco, os sonhos de vocês tornaram-se pó. “Parabéns” ao TSE.

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Últimos Comentários

  1. Ao observar essa emblemática fotografia, com personalidades que fazem a história de Petrolina, me vem a lembrança do nosso Carlinhos…