PF-PE deflagra segunda operação contra criminalidade em menos de 24h

por Carlos Britto // 28 de novembro de 2025 às 06:20

Foto: PF/divulgação

Em menos de 24 horas, a Polícia Federal (PF) em Pernambuco deflagrou a segunda operação contra o crime no Estado. Batizada de ‘Ostentação’, a iniciativa cumpriu ontem (27) oito mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, todos expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Salgueiro (Sertão Central). As diligências ocorrem simultaneamente em endereços localizados nas cidades de Santo André (SP), Petrolina (PE), Salgueiro e Olinda (PE).

As investigações tiveram início em 2023, após levantamentos indicarem a existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico interestadual de drogas, responsável pelo transporte de entorpecentes do estado de São Paulo para a Bahia, Pernambuco e Ceará. O núcleo operacional do grupo estava sediado em Salgueiro.

Em abril deste ano, foi deflagrada a primeira fase da Ostentação, ocasião em que foram cumpridas 28 ordens judiciais (19 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva) em endereços situados em Salgueiro, Araripina (PE), Petrolina, São Paulo (SP) e Santo André.

Naquela fase, foi apreendido vasto material probatório, cuja análise permitiu identificar novos integrantes e detalhar a estrutura da organização criminosa. O esquema desarticulado revelou uma rede complexa e estruturada, com divisão de tarefas bem definida: fornecedores, transportadores, responsáveis por estocagem, utilização de logomarca própria para drogas e um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro, principalmente por meio da compra e venda de veículos. Também foram apreendidas armas de fogo, tema recorrente entre os membros, que trocavam fotos e informações sobre valores.

Delitos

Com o cumprimento das ordens judiciais nesta segunda fase, busca-se interromper a prática criminosa, coletar novas provas, identificar outros envolvidos e desarticular a capacidade de aliciamento da organização. Sem prejuízo de outros delitos que possam ser apurados, os investigados responderão, em tese, pelos crimes de tráfico de drogas; lavagem de dinheiro; organização criminosa; associação para o tráfico; descaminho; e posse ou porte ilegal de arma de fogo.

O nome da operação faz referência ao estilo de vida ostentado pelos integrantes, que, mesmo sem renda declarada ou vínculo empregatício, exibiam em redes sociais bens e serviços incompatíveis com seus rendimentos, como viagens, joias, bebidas e veículos de luxo.

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