PF deflagra operações para investigar prefeituras pernambucanas por contratos sem licitação durante pandemia

por Carlos Britto // 16 de junho de 2020 às 09:00

Foto: reprodução/arquivo

A Polícia Federal (PF) desencadeou, nesta terça-feira (16), duas operações para investigar contratações diretas emergenciais de empresas ou sem licitação para a compra de materiais médico-hospitalares para o enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19) por prefeituras de Pernambuco.

Em uma das operações, denominada ‘Antídoto’, a PF cumpre seis mandados de busca e apreensão para investigar contratações feitas pela Secretaria de Saúde do Recife em favor da empresa FBS Saúde Brasil Comércio de Materiais Médicos Eireli. De acordo com a PF, foram detectadas irregularidades nos procedimentos de dispensa de licitação feitos pela secretaria.

De acordo com as investigações, a empresa foi favorecida com 14 dispensas de licitação, superiores a R$ 81 milhões. Ainda segundo a PF, a empresa “estaria constituída em nome de ‘laranjas'” e não teria capacidade operacional para cumprir o que estava nos contratos.

Com a operação, a PF investiga os crimes de falsidade ideológica, peculato e dispensa indevida de licitação. O G1 entrou em contato com a prefeitura do Recife e com a empresa investigada, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

No fim do mês de maio, a PF também deflagrou uma operação para investigar a compra de respiradores pela Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Saúde. O celular do titular da secretaria, Jailson Correia, foi apreendido na época em que a operação Apneia foi deflagrada.

Desde fevereiro, 16 operações que investigam de compra de respiradores a construção de hospitais de campanha já foram deflagradas em 13 estados.

Operação Casa de Papel

Ainda nesta terça, a PF deflagrou outra operação para investigar contratos sem licitação firmados entre prefeituras pernambucanas e a empresa AJS Comércio e Representação LTDA. Os contratos somam quase R$ 9 milhões, segundo a PF. Ao todo, 35 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. De acordo com o que foi constatado durante as investigações, a empresa era de fachada e pertence, na verdade, a um grupo que já era favorecido “há quase uma década por contratações públicas milionárias, via de regra, envolvendo atividades de gráfica”, segundo a Polícia.

Ainda segundo as investigações, parte dos recursos públicos eram sacados em espécie ou remetidos para contas de empresas-fantasma ou de ‘laranjas’. A partir daí, o dinheiro também era sacado, mas de maneira fracionada “para não chamar a atenção dos órgãos de controle”. A suspeita é de que os montantes eram utilizados para pagar propina a políticos envolvidos nas contratações.

Com a operação, a PF investiga os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, corrupção ativa e dispensa indevida de licitação. O G1 também buscou contato com a empresa investigada, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. (Fonte: G1-PE)

PF deflagra operações para investigar prefeituras pernambucanas por contratos sem licitação durante pandemia

  1. Josefa Maria disse:

    kkkkk. Oxente! Eu vim procurar foi a operação da DRACCO. Posta aí Carlos Brito. kkkk.

  2. ELEITOR CONSCIENTE disse:

    Em época de eleições, também deveriam ser investigados os recursos de emendas parlamentares e Convênios de Prefeituras com órgãos públicos federais.

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