A falta de resposta das autoridades sobre o caso de Beatriz Angélica Mota, de sete anos de idade, que foi brutalmente assassinada no último dia 10 nas dependências do tradicional Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, no centro de Petrolina, foi o estopim para a realização de uma manifestação na noite de ontem (28), no Centro da cidade.
Organizado pela Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, localizada no bairro de Piranga, em Juazeiro (BA) – cidade onde residia Beatriz -, o ato, que teve início na Praça da Catedral com um círculo de oração, contou com a presença de dezenas de pessoas, entre elas algumas autoridades políticas. As vereadoras Maria Elena e Cristina Costa estavam acompanhadas da ex-deputada Isabel Cristina. O secretário Carlos Neiva, da Prefeitura de Juazeiro, também marcou presença.
Uma das organizadoras da manifestação, Gabriela Carneiro disse que o objetivo do ato é exigir justiça. “Eu espero que eles [as autoridades] consigam achar [o assassino], porque eu não consigo imaginar a metade da dor que a família está passando agora. Foi uma manifestação independente, é um pedido de justiça e paz. Se houvesse mais amor de Deus no coração da pessoa que fez isso, ela teria pensando duas vezes antes de fazer isso. Tenho amigos que perderam entes queridos e que estão há onze anos esperando resposta”, disse.
A vereadora Maria Elena defendeu que a sociedade tem o dever de pressionar as autoridades por repostas. “Infelizmente, temos alguns casos [aqui em Petrolina] que nunca foram solucionados. A gente, enquanto sociedade, tem que pressionar os órgãos de segurança do Estado aqui representados em Petrolina para uma agilidade. Eu e mais cinco mulheres viemos de branco para apoiar. Enquanto a gente não tiver o nome desse cruel assassino, a gente tem que fazer [manifestações] repetidas vezes, sem poupar, porque onde a gente anda todo mundo pergunta por essa solução”, pontuou a vereadora.
Após o momento de oração na Praça, os manifestantes se dirigiram até a frente do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde interditaram o trânsito e promoveram um ‘apitaço’. Com cartazes, eles clamavam por justiça e paz e pediam um engajamento maior da polícia para solucionar o caso, que ganhou repercussão nacional. Eles também colocaram cartazes pedido justiça nos portões da instituição de ensino. Após cerca de dez minutos na frente do colégio, os participantes seguiram, ao som de um ‘buzinaço’ promovido por um grupo de motociclistas, até o cruzamento da Avenida Guararapes com a Avenida Joaquim Nabuco, ao lado da prefeitura, onde voltaram a interditar o trânsito, oportunidade em que realizaram mais um círculo de oração.
Para a fotógrafa e amiga da família da garota morta, Diana Duarte, a sociedade está passiva em relação ao caso. “Esse movimento está pequeno, era pra ter mais gente aqui. As pessoas estão omissas, tem muita gente omissa. Não adianta uma bandeira pedindo paz, porque o mundo não tem paz. A gente quer resolver o problema de Beatriz, botar esse psicopata ou essa psicopata [na cadeia]. Pode ser um homem, uma mulher ou um adolescente. Espero e desejo que não esteja sendo omitido pelo colégio, nem pela população, porque às vezes acontecem crimes que ficam calados, aí passa o tempo e fica só a saudade”, afirmou.
Incidente
Depois de realizarem uma oração nas imediações do semáforo em frente à prefeitura, os manifestantes seguiram caminhando em direção ao portão que dá acesso à quadra do Colégio, local onde aconteceu a festa de encerramento do ano letivo no dia em que Beatriz foi morta. Durante a caminhada, um motociclista tentou furar o bloqueio e, por pouco, não atropelou uma mulher. Ela disse que gritou, mas o motoqueiro não teria se importado. Foi quando os outros manifestantes voltaram e o interceptaram. O policiamento só chegou ao local para acompanhar a manifestação quando boa parte do público já tinha se dispersado. Mesmo assim, uma das faixas da avenida foi sinalizada e interditada.
Nova manifestação
Antes de encerrar a manifestação, já no portão de acesso ao colégio, os manifestantes acertaram para o dia 9 de janeiro de 2016 (domingo), às 9h, na Ilha do Fogo, uma nova manifestação. De lá, o grupo pretende seguir pela Ponte Presidente Dutra até o Centro de Petrolina.
O caso
Beatriz Angélica Mota foi morta a facadas dentro de uma sala de material esportivo, próximo à quadra do Colégio Nossa Senhora Maria Auxiliadora, durante a realização de uma festa de encerramento do ano letivo. A menina estava acompanhada dos pais, sendo ele professor da unidade de ensino. Durante coletiva de imprensa no último dia 23, o novo delegado responsável pelas investigações, Marceone Ferreira, afirmou que o caso é de alta complexidade devido, principalmente, à ausência de provas testemunhais. Segundo ele, apesar de o caso ser intrigante, as investigações já estão bem adiantadas. No entanto, ele não revelou outros detalhes, pois o caso segue sob sigilo. O delegado também assegurou que não faltam recursos para investigar o caso e que, inclusive, peritos virão do Recife para ajudar nas investigações da Polícia Civil.









Existem pistas e claras pra partir com a investigação. Uma delas e a do rapaz que falou pro da menina que ela estava morta e disse o local. Como ele sabia? Pior: deu a notícia e saiu correndo (gravação de voz do pai de Beatriz) A investigação tem que partir daí, pois é a única peista, pelo menos q’eu saiba.
*pro pai
Todos os dias peço a Deus para que esse assassino da menina Beatriz seja encontrado !
ESTIVE PRESENTE.
POUCA GENTE POR UM FATO SUPER RELEVANTE.
Tbem estive na manifestação e sinceramente achei que todas as pessoas de petrolina e juazeiro que tem filho deveriam ter ido tbem.tenho 2 filhas e estou com muito medo pois este assassino ainda solto por ai.QUEREMOS JUSTIÇA ,NECESSITAMOS QUE AS AUTORIDADES DESVENDEM ESTE CASO O MAIS RAPIDO POSSIVEL.
Segundo os boatos.A família já sabe quem foi
Agora a pergunta é: Pq tanto mistério da Polícia? Pq o delegado depois de tantos dias diz q não há pista ainda?
Levante – Se….
Também tenho a impressão que a família sabe, inclusive a polícia. Algo ta amarrando a divulgação. Mistérios.
o tempo vai se passar e vai ser como esquecimento…. abafando…..