As reclamações contra os Correios em Petrolina não são à toa. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da categoria, a cidade tem um déficit de 20 carteiros. A contratação de mais profissionais é uma das reivindicações da categoria, que deflagrou greve novamente na última quinta-feira (30/01).

O atraso na entrega das correspondências tem sido a queixa mais frequente nos últimos meses. Em entrevista ao Blog, o diretor regional do sindicato, Antônio Lira, informou que há 300 candidatos aprovados no último concurso realizado em Pernambuco. No entanto, a empresa insiste na contratação de mão de obra terceirizada, o que já foi proibido pelo Ministério Público Federal (MPF) no Estado.

“Aqui em Petrolina não há carteiros suficientes para atender à cidade, que vem crescendo cada vez mais. O que se vê com frequência são os terceirizados, os ‘arrumadinhos’ que a empresa vem fazendo para não nomear os candidatos aprovados no concurso. Na cidade, por exemplo, são 10 trabalhadores terceirizados. Não há contratação, nem investimento na mão de obra”, criticou Antônio.

Greve

O estopim da greve deflagrada esta semana foi a possível mudança no plano de saúde dos trabalhadores. Segundo Antônio Lira, a empresa quer acabar com o plano estatal, denominado Correios Saúde.

“Nós já havíamos discutido isso na última paralisação, mas a empresa insiste nessa mudança. A proposta é implantar o plano Postal Saúde, em que pagaríamos bem mais caro, principalmente aqueles que têm dependentes. Já fizemos as contas e não há condições de pagar esse novo plano com um salário de R$ 1.084”, reclamou.

Em Petrolina, 70 carteiros e atendentes estão de braços cruzados. Ao todo, 40 mil encomendas deixam de ser entregues por dia na cidade. (Foto: Arquivo Blog)