Petrolina poderá regulamentar profissão de bombeiro civil

por Carlos Britto // 21 de agosto de 2014 às 07:52

betão_640x360Um projeto de lei (030/14), de autoria do vereador Adalberto Filho ‘Betão’ (PSL/foto), pretender instituir em Petrolina a presença obrigatória de um bombeiro civil em edificações, áreas de risco, hospitais ou eventos com grande aglomeração de público – a exemplo de cultos religiosos ou baladas noturnas. O projeto deverá ser colocado em votação, pelo presidente da Casa Plínio Amorim, vereador Osório Siqueira (PSL), na sessão desta quinta-feira (21), que começa a partir das 18h.

Betão explica que sua preocupação foi motivada desde a tragédia ocorrida na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), em 2013, quando mais de 240 pessoas morreram asfixiadas em um incêndio que poderia ter sido evitado, com uma medida simples como essa.

De lá para cá vinha conversando com amigos, inclusive do Corpo de Bombeiros, e cheguei à conclusão de que o projeto era necessário”, argumenta o vereador.

Ele ressalta que o bombeiro civil é uma profissão existente no Brasil desde 1890 e regulamentada pela lei federal 11.901/2009. Em Pernambuco, cidades como Caruaru, no Agreste, já instituíram esse profissional, cuja missão é trabalhar em parceria com os bombeiros militares.

Qualificação

Em Petrolina, para garantir a segurança dos cidadãos, seria necessário um bombeiro militar para cada mil habitantes. Segundo Betão, essa estatística é impossível de acontecer não apenas aqui, mas em todo o país. “Então, o bombeiro civil vem justamente para dar esse apoio, atuando em parceria”, justifica.

O vereador informa ainda que qualquer pessoa pode ser um bombeiro civil, já que atualmente o Sest/Senat já oferece um curso de qualificação vistas a treinar esses profissionais. “Já temos alguns bombeiros civis formados”, diz.

Para reforçar a justificativa, Betão afirma que além de garantir a segurança nos locais onde atuará, Petrolina ainda será beneficiada com geração de emprego e renda, uma vez que a profissão de bombeiro civil é remunerada. “Algumas pessoas poderão reclamar dos custos, talvez os promotores de eventos. Mas aí eu pergunto: quanto vale a vida de um filho, de um cidadão, como aqueles que morreram na boate Kiss?”, conclui Betão.

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