Pernambucano é reconhecido pelo comitê do Prêmio Nobel por ações de paz junto à ONU

por Carlos Britto // 20 de julho de 2014 às 21:23

Oficialmente o Brasil nunca foi agraciado com um Prêmio Nobel da Paz. Aliás, até pouco tempo o país não tinha reconhecimento em nenhuma das áreas do prestigiado comitê, o que não quer dizer que brasileiros nunca tenham sido contemplados na premiação.

Em 1988, foi a vez de dezenas de integrantes brasileiros do “Batalhão de Suez” serem reconhecidos com o Nobel da Paz, força da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregada de manter a paz na Faixa de Gaza, entre Israel e Egito, desde a década de 60. Entre os chamados “Boinas Azuis”, há ao menos um pernambucano ainda vivo, que, ironicamente, anos depois de ter como função primária, a manutenção da paz, ganha a vida como perito criminal, com o fruto direto de um dos estados mais violentos do país.

Alistado para o serviço obrigatório em Jaboatão dos Guararapes, foi voluntário para integrar o 18° Batalhão Rio Grande do Sul, formado pela nata de soldados de todo o Nordeste para substituir os paulistas que já se encontravam em plena Faixa de Gaza, no ano de 1967. Durante um ano e meio, viu turbantes e areia.

Em 1988, o Batalhão de Suez, que contava com tropas de dez nações, foi contemplado com o Nobel da Paz. Apenas em 2012, o pernambucano Jairo Lemos tomou nota da história. “Um amigo, que serviu comigo, ligou perguntando se eu já tinha solicitado meu Nobel. E eu sem entender… Foi quando ele disse que outros colegas já tinham recebido o direito. Quis também, claro!” (Fonte: Diário PE)

 

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