O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que estará hoje (26) em Petrolina cumprindo seus últimos compromissos administrativos antes de entregar o cargo, voltou a ratificar, pelas redes sociais, que sua saída do Governo Dilma fez parte de uma decisão da cúpula do seu partido, o PSB, que quer ficar “mais livre” para discutir as eleições 2014.

Através do Facebook, FBC também garantiu que as obras de sua pasta, a exemplo da transposição do Rio São Francisco, não ficarão comprometidas.

Confiram:

Estamos finalizando nosso trabalho no Ministério da Integração Nacional para cumprir uma decisão do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que deliberou, através de sua executiva nacional, o afastamento do governo federal para que o partido fique livre para discutir o seu projeto interno para 2014.

Nas últimas duas eleições, o PSB conquistou importantes vitórias. Seja no pleito de 2010 com a eleição de seis governadores, mais de 30 deputados federais, quatro senadores da república, seja nas eleições municipais recentes com a eleição de mais de 400 prefeituras em todo o Brasil e sobretudo prefeituras importantes, como algumas capitais. O partido demonstra amadurecimento suficiente para criar as condições de liderar um projeto político próprio.

Acho importante enfatizar que o PSB só decidirá sobre o processo eleitoral de 2014 no próximo ano, muito provavelmente entre fevereiro e março. Portanto, acho que nós vamos viver uma dinâmica nova no processo político e vamos ter que ter paciência para aguardar os desdobramentos desse processo.

Muitas pessoas já me perguntaram sobre como vai ficar o andamento das obras do Governo Federal com a minha saída do Ministério da Integração Nacional.

Não acredito que nenhuma das ações seja comprometida, já que elas já foram iniciadas ou estão próximas de acontecer, como é o caso do Ramal do Agreste e do Entremontes, obras que vão derivar água do Eixo Leste para o Norte da transposição para beneficiar o Agreste pernambucano e o Sertão do Araripe.

Estas obras totalizam R$ 4,6 bilhões em investimentos, viabilizados pelo#PAC2, durante a minha gestão no Ministério da Integração Nacional, e já estão em fase de entrega ou em ritmo bastante acelerado de execução.

Nestes quase três anos em que estive a frente do Ministério da Integração Nacional acredito que Pernambuco deu um salto qualitativo, contando com o apoio da presidenta Dilma e com a parceria do governador Eduardo Campos, no sentido de garantir segurança hídrica necessária para que, quando da ocorrência de novas estiagens como a que estamos enfrentando, que é a mais severa dos últimos 60 anos, a gente possa ultrapassar o período seco sem transtornos.