Paulo Câmara deve deixar presidência do BNB, mas pode voltar em janeiro

por Carlos Britto // 03 de outubro de 2025 às 08:43

Foto: Divulgação

O Ministério da Fazenda informou ao Blog da Folha, por e-mail, na noite de ontem (2), que a saída do ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara da presidência do Banco do Nordeste (BNB) foi uma decisão pessoal. Segundo a assessoria de comunicação da pasta, a mudança deve ser concretizada nos próximos dias.

A explicação é diferente da notícia publicada pela Coluna Painel S.A., da Folha de São Paulo, na qual o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, alegou que a saída de Câmara seria consequência da lei das estatais. A norma estabelece um período de quarentena para que dirigentes partidários ocuparem o comando de estatais.

Em dezembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que o mandato dos ocupantes dos cargos fosse exercido até o fim. Em agosto, o prazo expirou, mas o estatuto do banco prevê que o mandato continue até a posse da nova diretoria. Há o indicativo de que, após o afastamento, Câmara seja reconduzido ao comando do BNB em janeiro de 2026.

O Ministério da Fazenda informou ainda que “a indicação de novo presidente será feita de forma tempestiva, transparente e nos termos do rito legal estabelecido pela Lei 13.303/16, pelo Decreto 8.945/16 e pelo Estatuto Social do Banco”. O Conselho Administrativo da instituição deve reunir-se para avaliar o próximo nome ao cargo, a ser apresentado pelo ministério. O BNB não quis falar sobre o assunto.

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