Paralisação do transporte coletivo em Juazeiro expõe impasse entre rodoviários e antiga empresa

por Carlos Britto // 02 de dezembro de 2025 às 13:30

Foto: Ilustrativa

O transporte coletivo de Juazeiro (BA) amanheceu parcialmente paralisado nesta terça-feira (2). A interrupção, que ocorreu das 5h às 8h, foi realizada pelo Sindicato dos Rodoviários em forma de advertência. O motivo é o impasse entre trabalhadores e a antiga operadora Joafra Transportes, que, segundo o sindicato, não quitou as rescisões trabalhistas dos motoristas demitidos após deixar o sistema público.

De acordo com o presidente da categoria, Antenor Bispo, os trabalhadores reclamam que a Joafra estaria vendendo veículos enquanto mantém pendentes os pagamentos devidos aos ex-funcionários. A categoria também afirma que, para justificar a falta de pagamento, a empresa diz aguardar um repasse financeiro da Prefeitura.“Essa paralisação é para cobrar a rescisão dos trabalhadores da Joafra. Fomos informados de que a empresa está vendendo ônibus e não resolveu nada. Se não houver pagamento, vamos parar por tempo indeterminado”, declarou Bispo.

Ele reforçou ainda que o protesto não tem relação com a Atlântico Transporte, atual responsável pelo transporte coletivo da cidade, que segue operando normalmente. “A paralisação não tem relação com a Atlântico, que vem cumprindo seu papel. Nosso protesto é direcionado à Joafra. Também pedimos que a prefeitura adote providências, porque a empresa alega que depende de um repasse municipal para quitar as rescisões. Precisamos de esclarecimentos”, afirmou.

Após a paralisação, em nota, a Prefeitura de Juazeiro afirmou que não foi comunicada oficialmente sobre a paralisação, como determina a legislação, e destacou que a responsabilidade pelos direitos trabalhistas é exclusivamente da Joafra, já que a empresa deixou o sistema por determinação judicial. A gestão também negou ter débitos regulares com a antiga operadora. Eventuais créditos referentes a gestões anteriores, segundo a nota, estão em fase de análise para verificação de sua regularidade. A prefeitura declarou ainda que, caso novas paralisações ocorram, todas as medidas legais serão adotadas para garantir a continuidade do transporte público e evitar prejuízos à população.

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