Em sua primeira Missa do Crisma como Papa, concelebrada por cardeais, bispos e cerca de 1.600 sacerdotes nesta quinta-feira em Roma, Francisco exortou os religiosos a irem às periferias, onde há sofrimento e sangue, e a serem “pastores com cheiro de ovelha”.
O Pontífice pediu aos sacerdotes que superem a crise de identidade “que ameaça a todos e se soma a uma crise de civilização” e que não sejam meros gestores, mas mediadores entre Deus e o povo. Segundo ele, o sacerdote que não vai às ruas, se distancia dos fiéis.
“O sacerdote que sai pouco de si mesmo, que unge pouco, perde o melhor do nosso povo, aquilo que é capaz de ativar a parte mais profunda do seu coração presbiteral. Quem não sai de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um intermediário, um gestor. Daqui deriva precisamente a insatisfação de alguns, em vez de serem pastores com o cheiro das ovelhas, pastores no meio do seu rebanho, e pescadores de homens”, afirmou.
O líder máximo da Igreja Católica lembrou que “com alegria celebrava sua primeira missa crismal como bispo de Roma”. Em sua homilia, como de costume, Francisco chamou atenção para os menos favorecidos.
Também, hoje, ele vai lavar os pés de 12 jovens em um instituto penal de Roma, durante a celebração da Missa da Ceia do Senhor, quando é realizado o rito conhecido como lava-pés, iniciando o Tríduo Pascal.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, adiantou que os jovens presentearão o Papa com um crucifixo e um genuflexório feitos por eles mesmos. Francisco, por sua vez, dará aos jovens ovos de chocolate e o pão típico italiano para a festa.
No domingo de Páscoa, o Papa vai fazer seu primeiro “Urbi et Orbi”, sua mensagem à cidade de Roma e ao mundo. (Fonte: O Globo)


