A insegurança nos hospitais públicos voltou a preocupar profissionais de saúde e familiares, especialmente após um caso recente no Hospital Dom Malan (HDM), em Petrolina. Um pai, cuja filha realiza residência médica na unidade, manifestou sua indignação diante do clima de insegurança vivido por médicos e residentes. Ele cobra providências das autoridades e da própria gestão do hospital.

“Ter filhos formados em Medicina sempre será orgulho para qualquer pai petrolinense ou da região. Imagine agora vê-los fazendo residência no Dom Malan. Mas observar o descaso com a segurança nos acessos da triagem, e saber que um acompanhante agressivo, tentou agredir uma médica que estava salvando duas vidas, é revoltante,” desabafou.

A preocupação ganhou força após o HDM confirmar, no último domingo (27), que duas médicas foram agredidas e ameaçadas por um acompanhante durante o atendimento. Segundo informações, o agressor teria se exaltado e partiu para ofensas e ameaças. As profissionais registraram boletim de ocorrência.

Diante do ocorrido, a direção do hospital, que é referência em saúde materno-infantil e integra a Rede PEBA, atendendo 53 municípios entre Pernambuco e Bahia, em nota, informou que solicitou reforço na segurança pública. O HDM afirma contar com segurança armada interna e rondas externas da Polícia Militar, e agora pleiteia uma ronda fixa nas imediações da unidade.

“É uma unidade porta aberta e com alta demanda. Infelizmente, situações desse tipo podem ocorrer”, ressaltou a gestão, destacando ainda que todos os profissionais devem formalizar denúncias em caso de agressões.

No entanto, para familiares como o pai que denunciou o caso, as medidas não são suficientes: “Se não houver providências concretas, vamos convencer os profissionais a pararem até que a segurança melhore de verdade”, afirmou.