Charles Oliveira (foto), o pai da jovem petrolinense Emilly Yasmyn, que foi encontrada morta com requintes de crueldade no último sábado (6), fez um desabafo emocionado ao cobrar a punição dos responsáveis pelo assassinato de sua filha, de 24 anos. Ela estava desaparecida há quase uma semana e seu corpo foi localizado em uma área de mata na estrada da Alegria, Zona Sul de Teresina (PI).
“Ela era uma pessoa maravilhosa, saiu de casa muito cedo, morando sozinha. Foi a opção dela viver essa vida. Não precisava dessa vida. Eu e a mãe sempre tínhamos contato com ela. Inclusive se falou na sexta-feira (5) com ela, que tinha essa viagem para cá (Teresina). A mãe tinha um pensamento contrário desse lugar. Vamos lutar por justiça. Não vamos esquecer a memória da minha filha”, afirmou Oliveira, ao Jornal do Piauí.
O pai, que é de outro Estado, veio a Teresina para dar entrada na liberação do corpo da filha. Ele realizou a coleta de material genético para ajudar na identificação do corpo, que deve permanecer de 10 a 12 dias no Instituto Médico Legal (IML) para realização da perícia.
Segundo o delegado Jorge Terceiro, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), dois homens identificados como Hilton e Carlos Roberto confessaram que mataram a vítima e atearam fogo para ocultar o cadáver.
O caso
Emilly desapareceu na madrugada do último dia 30 de novembro, em Teresina (PI). Ela havia chegado à capital piauiense um dia antes para encontrar um homem que, segundo familiares, conheceu por meio do Tinder. De acordo com amigos e familiares, Emilly saiu da casa de uma amiga, na zona Sul de Teresina, por volta das 23h, dizendo que iria ao encontro desse homem. Antes de deixar o local, ela enviou sua localização em tempo real para uma amiga. A última atualização apareceu em uma avenida já na madrugada. Logo depois, o celular parou de responder mensagens e ligações.
A mãe da jovem relatou que a última atualização da localização foi enviada por volta de 1h da manhã. Desde então, a família não conseguiu mais nenhum contato ou informação sobre o paradeiro dela. A amiga da vítima informou que a jovem viajou de Petrolina a Teresina em um carro de aplicativo depois de receber dinheiro enviado pelo homem que iria encontrar. Segundo ela, não era a primeira vez que Emilly visitava a cidade para trabalhar. Amigos afirmam que a jovem atuava em uma casa de encontros íntimos. Autor do crime, Hilton Candeira Carvalho, de 37 anos, confessou ter matado a jovem. Ele foi preso no sábado. Após matar Emilly, ele contou que um comparsa, Carlos Roberto da Silva Sousa, o ‘Neném’, 28, o ajudou a desovar o corpo. Neném também está preso.
