Oposição na Alepe pede abertura de CPI e Governo Raquel Lyra rebate

por Carlos Britto // 05 de agosto de 2025 às 10:20

Foto/reprodução

O Governo de Pernambuco se pronunciou, nesta segunda-feira (4), sobre o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os gastos com publicidade, protocolado por deputados de oposição na Assembleia Legislativa (Alepe). Em nota, a Secretaria de Comunicação do Estado afirmou que todo o processo licitatório foi conduzido “de acordo com a legislação vigente, respeitando os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade e transparência“.

A manifestação do governo é uma resposta direta à ação da bancada de oposição, que questiona a legalidade de um novo contrato de publicidade no valor de R$ 120 milhões anuais e, principalmente, a possibilidade de sua renovação por até 10 anos.

Em sua defesa, o governo esclarece que o contrato firmado tem uma vigência inicial de 12 meses. A possibilidade de estender o vínculo por até 10 anos, segundo a nota, está amparada na nova Lei de Licitações (14.133/2021).

A legislação autoriza prazos mais longos para “serviços contínuos” – categoria na qual, segundo o governo, a publicidade institucional se enquadra. A justificativa para o prazo estendido seria a busca por “eficiência e planejamento de longo prazo”. O governo também afirmou que o modelo de licitação adotado segue a jurisprudência do Tribunal de Contas da União (TCU) e práticas já utilizadas pelo Governo Federal e por outros Estados.

Justificativa

A solicitação para a abertura da “CPI da Publicidade” foi protocolada na Alepe pela bancada de oposição, que argumenta a necessidade de apurar os critérios para a aplicação dos recursos e a legalidade do contrato de longa duração.

a autora do requerimento, Dani Portela (PSOL), explicou que a CPI é um movimento institucional da Alepe. “Fiscalizar o Poder Executivo é uma das nossas obrigações constitucionais, como está descrito no artigo 30 da Constituição do Estado de Pernambuco. E é isso que estamos fazendo neste caso“, disse.

Um contrato que pode custar mais de R$ 1 bilhão ao nosso Estado precisa ser tratado com seriedade, para que os indícios de corrupção denunciados sejam investigados com lisura e atenção, respeitando os princípios da administração pública. Este é um ato suprapartidário, não um jogo de oposição pura e simples“, completou a deputada. Solicitado por Dani Portela, o pedido de CPI também contou com a assinatura de outros 17 deputados estaduais de partidos como PV, PSB, Psol, PCdoB, PSDB, União Brasil, Republicanos e PL. Entre esses, está o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB). (Fonte JC Online)

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