O deputado estadual e prefeiturável Odacy Amorim (PT) contemporizou o fato de Petrolina, nas eleições de outubro, ter três partidos da base da presidente Dilma Rousseff disputando a prefeitura.

De passagem pela Casa Plínio Amorim, onde participou ontem de uma audiência sobre os destinos do Ceape, Odacy disse a jornalistas que considera natural esse fato. Mas será preciso separar aos petrolinenses o joio do trigo.

Segundo Odacy, o atual prefeito Julio Lossio é do mesmo partido do vice-presidente da República, Michel Temer (o PMDB), mas não engrossa as fileiras da base da qual ele (Odacy) pertence. “Quem não se lembra que o prefeito coordenou a campanha de (José) Serra em Petrolina?”, argumentou.

O prefeiturável descartou, também, que a tentativa da Frente Popular que elegeu o governador Eduardo Campos (PSB) tenha fracassado em manter a unidade em torno de um único nome para disputar a prefeitura em outubro. Para Odacy, as opções surgidas – inclusive ele, que deixou o PSB por não encontrar espaço para postular sua candidatura – são todas viáveis e representativas.

“A Frente tem nomes importantes, que podem disputar um mandato de prefeito (…) Nossa ida para o PT nos dá as condições de poder disputar essa eleição, e se Deus quiser vencer e fazer um grande governo”, ressaltou Odacy, acrescentando que o PT vem demonstrando há muito estar disposto a crescer na região.

Aliança

Ao comentar os episódios que culminaram num mal estar entre o PSB e o PT, o deputado ratificou que continua dando suporte a Eduardo Campos na Assembleia Legislativa. Mas em Petrolina, onde disse que ainda mantinha esperanças de que pudesse haver um consenso, Odacy foi direto. “Se não for possível uma aliança entre PSB e PT, que é o que vocês querem saber, é melhor ter duas candidaturas do que ser uma coisa forçada. O que Petrolina não vai aceitar, e não aceita, é a imposição de uma candidatura. Nem a minha nem a de ninguém”, ponderou.

Odacy rechaçou, ainda, qualquer boato de que ele teria sido o pivô de um desentendimento com a deputada e presidente do PT municipal, Isabel Cristina, pelo fato de estar costurando apoio com seu até então desafeto Adalberto Cavalcanti. Odacy descartou, inclusive, ter participado de uma reunião, no último final de semana, na sede do PT em Petrolina, onde o assunto teria sido colocado em pauta.

Deixando claro que ele e Isabel “estão unidos”, o prefeiturável ressaltou que a própria líder petista tem aprovado um eventual apoio de Adalberto ao projeto de Odacy, que admitiu, por sua vez, estar em entendimento com o ex-prefeito de Afrânio. “Não sei se é interesse dele compor uma chapa (como vice), mas ele é certamente um nome interessante para formarmos uma aliança”, completou.