A construção de uma adutora do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), do governo federal está paralisada no sertão de Pernambuco. A empresa contratada, Amafi, tem sido impedida de continuar os serviços, por uma série de arbitrariedades praticadas pelo órgão. Trata-se da adutora do Pajeú, de 384 quilômetros de extensão, que vai levar água tratada para cerca de 200 mil pessoas da região de Floresta, Serra Talhada, Carqueja, Flores, Triunfo e Afogados da Ingazeira.

O DNOCS cancelou unilateralmente o contrato para impedir que a empresa desse prosseguimento aos serviços e a Amafi teve de ir à Justiça Federal e conseguiu uma liminar, que está sendo descumprida pelo órgão. A Amafi tem 122 trabalhadores no local e mais de 30 equipamentos para a execução da obra.

Em dezembro de 2008, a Amafi foi vencedora de uma licitação para a construção da adutora do Pajeú e de imediato deu início às atividades, porém já enfrentando inúmeros problemas ocasionados pela empresa VBA Tecnologia e Serviços, nomeada pelo DNOCS para gerenciar a obra.

A VBA não providenciou uma série de documentos, que são de sua inteira responsabilidade, e provocaram o atraso no andamento da obra, como elaboração e entrega do projeto executivo; licenças do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), já que a adutora passa próximo de uma rodovia; demora na realização de medições; retenção indevida de pagamentos; não desapropriação de áreas particulares por onde passa a adutora entre outros.

O diretor da Amafi, Carlos Zveibil Neto, conta que todos os problemas foram denunciados em reuniões e em documentos, porém nenhuma medida concreta foi tomada pela VBA, muito menos pelo DNOCS.

Foto ilustrativa