O abuso dos “arruaceiros” de plantão

por Carlos Britto // 08 de janeiro de 2012 às 15:50

Não é apenas na Avenida São Francisco, bairro Areia Branca, na zona leste de Petrolina, que os abusos em relação ao som dos veículos tem tirado o sossego dos moradores. Na orla da cidade a situação é parecida.

Num e-mail enviado ao Blog, uma moradora do local (que prefere o anonimato) critica duramente o fato que vem se tornando rotineiro.

Ela conta que um grupos de jovens “desocupados e desordeiros” estão parando seus carros na orla – na altura do Restaurante Maria do Peixe – e transformam o lugar em palco carnavalesco, ligando em altura máxima seus possantes equipamentos sonoros, perturbando o sono e o descanso dos moradores daquelas imediações.

A moradora lembra que ainda na madrugada deste domingo (08), por volta das 3 da manhã, a cena se repetiu. Desta vez a Polícia Militar acabou com a festa dos arruaceiros, mas ainda assim só chegou depois de 40 minutos que o “carnaval” havia começado. Alguns poucos ficaram no local, e depois que a polícia foi embora, voltaram a ligar o som dos carros, mas num volume tolerável (e sempre regados a bebidas). Entretanto, parece que essas pessoas não se contentam apenas em ouvir o som. Querem que os outros sejam obrigados a ouvir também. Como ficaram com medo da polícia voltar, não se satisfizeram em ouvir suas músicas num nível mais tolerável e acabaram indo embora. Lamentável.

O abuso dos “arruaceiros” de plantão

  1. ailton jose muniz da silva disse:

    Pesssoalmente já liguei para policias varais vezes, demoram a enviar um viatura e informam que não adianta pois amanhã vão retornar. Estou enviando um oficio à promotoria, pois segundo o policial que atende as ligações somente ela, Dra. Ana Rubia ,é quem pode nos salvar.Em tempo I resido em frente ao restaurante de Maria do Peixe, envie esse E mail para ela.Em tempo II, os carros pipas a partir das 5 da manhã começam a pegar agua em frente, e os caminhões são bem velhos

  2. Uma mera cidadã disse:

    Não consigo entender porque a própria PM não está legitimada a tomar alguma providência – além apenas da mera presença ostensiva. Não é parte de suas obrigações restaurar a ordem pública? Se os próprios policiais sabem que “amanhã voltarão”, certamente entendem que a conduta atual não está surtindo efeito, e funciona apenas pontualmente. Ter que todas as noites acionar o 190 não é, em si, sintoma de uma desordem pública muito mais grave e que vai além da soma das desordens noite após noite?

    Em última análise, a PM está sendo acionada diariamente apenas para fazer as vezes de babá de uma horda de baderneiros que não foram educados a viver em sociedade. Quanto dinheiro público tem sido desperdiçado no desvio de honoráveis policiais de funções mais vitais simplesmente para “puxar as orelhas” de um bando de arruaceiros? Até quando a solução dessa questão passará por retirar do policiamento das ruas viaturas policiais que poderiam estar coibindo (outros) crimes, interceptando um roubo, abordando traficantes?

    Penso que se alguma penalidade fosse imposta aos autores desse crime ambiental que tem sido reiteradamente cometido nas madrugadas da orla, certamente as noites de amanhã seriam menos amargas para a PM e para nós, moradores da região.

  3. Renato disse:

    Ninguém merece! O problema não se restringe à orla. É generalizado, é cultural, não depende de classe social, é axé o ano inteiro! Quem estuda assim? Qual o bebê que dorme? Qual o enfermo que tem paz? Portanto, só uma ação política pode combater esses abusos. E qual a autoridade que tem coragem de combater isso? De fazer uma campanha educativa e dizer aos que utilizam o som, mesmo em suas residências, em alto volume, que ele está desrespeitando ao seu vizinho.
    Será que se colocarmos óperas em altíssimo volume para esses mesmos que escutam “seus” axés e “falsos” pagodes eles iriam aprovar?
    Sempre é melhor fazermos um exercício mental colocando-se na posição do outro para que tenhamos uma sociedade mais harmoniosa e fraterna!
    E, por vias da dúvida, termos uma boa legislação e fiscalização!

  4. Petrolinense disse:

    Acredito que o judiciário tenha que fazer a parte dele, já observei várias vezes em que a PM coibe este delito levando os arruaceiros para da delegacia, mas depois os proprios arruaceiros detidos falam que não dá em nada pois a justiça não faz a parte dela. Tem que ser um trabalho completo não adianta a PM estar todos os dias levando estes abusantes presos e no mesmo dia eles estarem com seus carros de som abusando novamente.

    1. joelson disse:

      É a mais pura verdade amigo, se todos, ( P.C. , ministério público , ordem pública etc…) Não se engajarem juntamente com a P.M. , vamos continuar vendo esses arruaceiros saindo pela porta da frente das delegacias dando suas risadas, e voltando a cometer as mesmas coisas.

  5. Maria disse:

    É ABSURDO CHEGAR DO TRABALHO E NÃO CONSEGUIR DESCANSAR POR CONTA DA POLUIÇÃO SONORA. QUEM QUER VER TV OU TER UMA POUCO DE SILÊNCIO, TEM QUE SE TRANCAR DENTRO DE CASA. NA COHAB MASSANGANO TAMBÉM É ASSIM!

  6. Uma mera cidadã disse:

    Se a Câmara de Vereadores propusesse um projeto de lei que proibisse (com elevadas multas e apreensão em caso de reincidência) o uso desses equipamentos potentes de som nos carros, talvez atingisse mais diretamente uma das raízes do problema. Afinal, exceto os carros de propaganda – que teriam seu direito assegurado – por que carros comuns deveriam ter permissão para circular com tais aparatos? O som particular de um carro deve servir apenas aos seus usuários, ninguém deve ser obrigado a compartilhar do gosto (ou mal gosto) musical alheio. Circular com potentes equipamentos e caixas de som demonstra, inequivocadamente, a intenção de “socializar” suas músicas, infringindo as leis ambientais de silêncio.

  7. antonio disse:

    Precisamos de uma lei mais rígida, pois estes baderneiros estão tomando conta da cidade inteira,não é só no centro da cidade nos bairros também, aqui no São Gonçalo já ligamos varias vezes para policia e ela diz que esta lei não funciona, então nos não podemos contar com a policia? que ria uma resposta dos órgãos competente!

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