Hoje faz exatamente uma semana que perdi a minha mãe. Aliás, ela não era apenas uma mãe. Não. Era muito mais do que isso. Ela era, para mim, um exemplo de dignidade, decência, seriedade, honestidade – valores nos quais sempre me espelhei e que jamais abrirei mão enquanto viver. Outros, como a complacência, prometi a mim mesmo que vou me esmerar para tentar chegar perto da grandiosidade de seu coração. Embora esteja quase certo de que jamais serei perfeito enquanto ser humano, como ela foi.

Há uma semana tenho recebido muitas mensagens solidárias de amigos e colegas de profissão. Todas elas muito carinhosas. Preferi o silêncio. Foi a forma que encontrei para recuperar as forças e ter alguma noção do que aconteceu. Mas ainda está muito difícil. A dor da perda de uma pessoa tão especial na minha vida e a saudade que corrói meu coração não me deixam sequer raciocinar direito. Vocês não imaginam o quão doloroso está sendo para mim falar disso neste momento.

Mas não poderia deixar de agradecer, em nome da minha família, a todas as mensagens de conforto que já recebi, seja por celular ou por email. Não vou aqui nominar os autores de cada mensagem. Até porque foram muitas e poderia acabar esquecendo alguém.

Quero ressaltar meus sinceros agradecimentos, seja aos amigos ou aos colegas de jornalismo, pelas manifestações de apoio e carinho. Fiquei, de fato, emocionado com tudo o que já recebi de vocês. E tenham a certeza de que ainda irei agradecê-los pessoalmente. Mas por enquanto, estou num momento estritamente individual e particular. Esse foi um golpe muito duro e ainda não me refiz por inteiro.

Sei, no entanto, que os desígnios de Deus são infinitamente maiores do que a nossa compreensão. É dessa premissa que estou partindo para continuar seguindo em frente. Minha mãe agora é um “anjo de luz”, como definiu sabiamente minha irmã, e tenho a convicção de que ela guiará, a partir de agora, os meus passos e os da minha família. Um beijo no coração de todos!

Antonio Carlos Miranda e Família