A presença feminina nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) tem crescido no Brasil, mas ainda enfrenta desafios significativos. Segundo o relatório da Elsevier-Bori (2024), as mulheres representam apenas 2% dos cargos de liderança em ciência e tecnologia, evidenciando barreiras estruturais no avanço profissional feminino.
Apesar do aumento na participação feminina em publicações científicas, que passou de 38% para 49% em 20 anos, a desigualdade no mercado de trabalho persiste. Para cada quatro homens, apenas uma mulher ocupa posições nessas áreas.
Superando barreiras
A engenheira química Alessandra Tostes (foto), líder da unidade da Bayer em Petrolina, é um exemplo de superação nesse cenário. Com mais de 20 anos de experiência, ela se tornou a primeira mulher a ocupar oficialmente o cargo na unidade. Para Alessandra, a representatividade feminina na liderança é essencial:
“A presença de mulheres em posições estratégicas inspira outras a acreditarem no próprio potencial. Empresas que promovem diversidade impulsionam a inovação e criam um ambiente mais igualitário”, afirma.
Desde jovem, Alessandra enfrentou desafios em um setor predominantemente masculino. Após iniciar a carreira como técnica em eletroeletrônica e passar por incertezas, encontrou seu verdadeiro caminho na engenharia química. Ao longo da jornada, percebeu a necessidade de reforçar valores de diversidade, inclusão e equidade para abrir mais oportunidades para mulheres na indústria.
WiSE: incentivando mulheres na ciência
Para promover maior inclusão, a Bayer desenvolveu o WiSE (Woman in Science Exchange), um programa global de empoderamento feminino em ciência e tecnologia. A iniciativa conta com 25 participantes e realiza ações como o podcast ‘Mulheres Cientistas por Cientistas Mulheres’, além de mentorias e palestras. O objetivo é criar um ambiente de confiança e incentivar novas gerações de mulheres cientistas a conquistarem seu espaço.


