No Tribunal do Júri de Serra Talhada (Sertão do Pajeú), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) garantiu a condenação de Wellington Cledson de Araújo Izidório, conhecido como ‘Etinho’, a 25 anos de reclusão, em regime inicial fechado, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio que resultou perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima – conforme o artigo 121,páragrafo 2º, incisos I, III e IV, do Código Penal (CP), e coação no curso do processo (artigo 344 do CP). A vítima do homicídio foi o policial militar reformado Cícero Valdevino da Silva, executado em plena via pública no contexto de uma rivalidade histórica entre famílias locais. O crime, motivado por vingança, causou comoção social na região.
O julgamento contou com a bancada da acusação composta por três promotores de Justiça: Maurício Schibuola de Carvalho (titular da 3ª Promotoria de Serra Talhada), Bruno Santacatharina Carvalho de Lima e Paulo Fernandes Medeiros Júnior (membros do Núcleo de Apoio ao Júri do MPPE). A bancada da defesa foi integrada por três advogados criminalistas.
Ao longo de mais de 13 horas de julgamento, o Conselho de Sentença acolheu integralmente as teses do Ministério Público, reconhecendo todas as qualificadoras e a autoria intelectual do crime por parte de Etinho, além da posterior tentativa de silenciar testemunhas para dificultar as investigações.
Para os promotores de Justiça que atuaram no caso, a condenação representa “uma resposta firme do sistema de Justiça ao ciclo de violência e vingança privada que atinge o Sertão pernambucano”. Inclusive, um dos promotores ressaltou ser “um momento histórico na luta por justiça em Serra Talhada”. A sentença foi proferida pelo juiz Marcus Cesar Sarmento Gadelha, da 1ª Vara Criminal de Serra Talhada.


