Os católicos de Petrolina encerram nesta quinta-feira (15) a festa em homenagem a Nossa Senhora Rainha dos Anjos. Os festejos começaram no mês de julho – com a visita da imagem peregrina a diversas comunidades – e prosseguiram com o Novenário, que contou com a participação de todas as paróquias da Diocese e de cidades vizinhas.
Amanhã, a programação será aberta às 7h com uma missa festiva na Igreja Matriz celebrada pelo bispo emérito Dom Paulo Cardoso. Às 10h, o bispo Dom Manuel dos Reis de Farias ministra uma missa solene em celebração vocacional sob os túmulos de religiosos, na Catedral.
Às 12h, haverá repicar de sinos e queima de fogos. Às 17h, os fiéis irão se concentrar na Igreja Matriz para a tradicional procissão, que terá o seguinte percurso: Avenida Cardoso de Sá (Orla), Rua Zélia Matias, Avenida e Monumento da Integração e Avenida Guararapes.
Ao final da procissão, haverá uma missa campal na Concha Acústica. Este ano, a festa de Nossa Senhora Rainha dos Anjos tem como tema “Maria, com a chave da fé, abre-nos as portas do céu”.



Para quem quiser conferir a homilia da Missa Solene das 10 horas na Catedral e entender melhor o sentido teológico do Mistério da Assunção de Nossa Senhora.
Em primeiro de novembro de 1950 o Papa Pio XII declarou como dogma que a Imaculada Mãe de Deus, a Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à gloria do céu.
A festa que celebramos hoje nos revela Maria no céu, participando da glória de Deus. Olhando para ela, para a beleza de sua imagem, resplandece a beleza a que somos destinados. Podemos ver aonde o ser humano é capaz de chegar, com simplicidade e sem grandes estardalhaços, apenas atendendo ao chamado de Deus e procurando seguir os ensinamentos de seu divino Filho.
Não nascemos para viver na terra para sempre, mas para continuar vivendo no céu. Esta é a primeira mensagem da Assunção de Nossa Senhora. O mistério da Assunção concretiza o que São Paulo nos recorda, somos cidadãos dos céus!
São Paulo, na 2ª leitura de hoje, diz claramente que o primeiro a entrar no céu, foi Cristo, mas que todos nós também nele entraremos. Paulo usa uma expressão bonita para falar desta realidade: “Aqueles que pertencem a Cristo” – estes entrarão no céu, como já aconteceu com Maria.
A virgem Maria agraciada na sua concepção, na encarnação do Filho de Deus é, finalmente, agraciada com sua Assunção aos céus. Portanto, Maria nos inspira e nos ensina a viver a intimidade com Seu Filho Jesus como discípulos e missionários. A primeira cristã e discípula de seu divino Filho caminha conosco e nos inspira nesse seguimento. Cantemos com o coral!
Primeira cristã….
Ao contemplamos Maria no céu, é importante refletir sobre o modo de vida que nos conduz ao céu, já que o céu é o nosso destino! Como chegar ao céu? Esta é a pergunta que nós todos devemos responder hoje e sempre. Os textos da liturgia podem nos ajudar em nossa reflexão.
Por enquanto temos que viver aqui na terra. São João compara esta vida com uma grande luta (primeira leitura). Ele imagina a história humana como um jogo, uma luta entre aqueles que pertencem a Cristo, seus seguidores e o mal e os que se opõem a Cristo.
Os cristãos, firmes na fé, lutam para anunciar o nome de Jesus e viver os valores do Reino de Deus. Do lado contrário, as pessoas injustas, corrompidas pelo pecado espalham no mundo o medo, a violência, a injustiça, a corrupção aqui. A nossa fé nos dá a esperança de que o bem vencerá; estamos certos da vitória de Cristo sobre todo poder e dominação. Ele mesmo passou pela experiência da morte. Foi morto pelas forças do mal, mas venceu a morte pela ressurreição.
Meus irmãos e irmãos, eis que aparece a mulher, seu vestido era o sol. Ela já recebeu de Deus o prêmio da vitória, pois carrega uma coroa de doze estrelas. Quem é esta mulher? Ela representa o Povo de Deus, representa os seguidores de Jesus; são as pessoas que, como Maria, fazem a vontade de Deus e seguem os ensinamentos de Jesus Cristo.
Esta é a nossa vida, uma luta constante entre o bem e o mal. Vivemos num mundo pecador, cheio de violência e maldade. Aliás, cada um de nós carrega dentro de si um pouco dessa mulher vitoriosa e também do dragão, um pouco do bem e do mal, de ternura e de violência. Todos nós temos que lutar contra o mal que está dentro de nós mesmos: o egoísmo, a intolerância, a ganância, os preconceitos, a soberba, a vaidade, o carreirismo e aqueles males tão bem lembrados pelo Papa em sua recente visita ao nosso País.
O mal continua existindo no mundo e destruindo a vida de inocentes; esse bicho de sete cabeças tem muitos nomes e muitas faces: injustiça, miséria, materialismo, violência, corrupção, abandono de doentes e idosos, exclusão de jovens, idosos e pobres. E tantos outros tão conhecidos por nós.
Olhando o mundo, podemos pensar que o dragão parece estar cada vez mais forte. Parece que os cristãos estão perdendo a luta. Mas não, por que Deus é maior. Essa é a grande certeza.
E por isso somos convidados a não desanimar, a não perder a esperança e entregar-nos nas mãos de Deus para que Ele nos conduza nas lutas da vida. Aliás, foi o que nos recordou o Papa Francisco: conservar a esperança, deixar se surpreender por Deus e viver na alegria. Com esta esperança, digo mesmo, com esta certeza, podemos nos unir e proclamar hoje com Maria:
Os poderosos serão reduzidos à impotência e os fracos serão revestidos de poder. Os que concentram os bens deste mundo e se julgam seguros com suas finanças e economias serão reduzidos à indigência. Os que passam fome serão saciados. Os soberbos, os orgulhosos, cheios de si, ficarão confusos por se verem vazios e despojados. Os humildes serão valorizados como jamais o foram. E serão em plenitude no céu.
Neste contexto de denúncia profética, há uma crítica e uma contestação à situação estabelecida, e uma reinvindicação dos direitos dos marginalizados. Maria proclama total inversão de critérios, posturas e ações, porque de geração em geração misericórdia de Deus se estende sobre aqueles que o temem.
À Luz da fé pascal, a comunidade primitiva se exprime no cântico de Maria porque a libertação messiânica é humana em sentido pleno, estrutural e pessoal, temporal e eterna, em uma palavra, integral. Não é simples promessa escatológica para os fins dos tempos.
A salvação do Deus do Canto de Nossa Senhora implica um programa atual de libertação presente nas escravidões desta terra, derivadas das ideologias e dos sistemas sociais, políticos e econômicos. Segundo os profetas e a mensagem de Cristo, os nomes que definem o Deus da Bíblia são santidade, justiça e misericórdia. Como sabemos, o termo misericórdia significa coração sensível à miséria humana.
O Deus misericordioso coloca em ação no presente um processo histórico, lento, mas inexorável, que revoluciona a velha ordem, invertendo o centro de gravidade dos valores sociais, que não serão mais a prepotência, o orgulho, a exploração e o domínio, mas a pobreza, a humildade, a fraternidade e a solidariedade.
A assunção de Maria foi o resultado da sua caminhada nesse mundo. Embora saibamos que, por privilégio especialíssimo de Deus, tendo em vista os méritos de Cristo, Maria fora agraciada desde a sua concepção, sabemos também que a Virgem soube acolher com fé, abrir-se cada vez mais a Deus e conservar em toda sua vida a graça recebida, como o Papa Bento XVI nos recorda na sua Encíclica sobre a Esperança.
“Existem pessoas puríssimas, que se deixaram penetrar inteiramente por Deus e, consequentemente, estão totalmente abertas ao próximo – pessoas em quem a comunhão com Deus orienta desde já todo o seu ser e cuja chegada a Deus apenas leva a cumprimento aquilo que já são”.
Maria, a mãe de Jesus e nossa querida mãe, foi a mais pura, a mais perfeita de todas as criaturas. Aquela que melhor soube acolher em sua vida a graça recebida. Puríssima devia ser Virgem que nos daria o Salvador. Ela, depois de Cristo, é o protótipo do cristão e da humanidade redimida. Depois de Jesus, neste mundo ninguém foi maior! É o que nos dizem a Revelação e a Tradição, é o que acreditamos e é o que canta a piedade cristã. Mais uma vez, cantemos com o Coral:
Senhora e Rainha do Pe. Zezinho
Deus não se afastou de nossa humanidade! Continua a derramar sua graça sobre o seu povo a caminho. Que saibamos também nós, seguido os passos de Maria, a acolher com fé e confiança as graças e bênçãos de Deus, especialmente a graça, das graças: Jesus Cristo!
Ao optarmos por Cristo como fez Maria, deixemos que a comunhão com Deus oriente toda nossa existência e nos conduza ao céu onde já está na glória a mãe de Jesus. Que Ela nos ensine o caminho que nos conduz ao céu!
Meus, irmãos e irmãs,
Cada vez que Maria procurava seguir os passos de Jesus, buscando fazer a vontade de Deus, este mesmo Deus ia transformando sua pessoa. Até que chegou o momento final. E Ela toda pura, alcançou a estatura de seu divino filho. A primeira cristã, modelo para os cristãos de todas as gerações conforme Ela mesma profetizou: De agora em diante todas as gerações me chamarão de Bendita porque o todo poderoso fez grandes coisas em meu favor.
A vida de graça que elevou Maria aos céus é uma alegria, um testemunho e um modelo para nós cristãos. Maria é aurora e esplendor da Igreja triunfante, Maria é consolo e esperança para o povo de Deus ainda em caminho.
Algo parecido acontece conosco. Na vida de fé, em cada passo que damos procurando fazer a vontade do Pai, Deus nos acolhe, nos toma pela mão, nos assume e transforma. É importante aqui olharmos um pouco mais para a postura de Nossa Senhora diante das surpresas de Deus: Maria deixou-se surpreender, confiou com uma esperança ativa, despojando-se inteiramente nas mãos do seu Senhor: Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim, segundo a sua vontade.
Olhando para Maria no céu, continuemos a lutar pelo bem, pela verdade e pela justiça, aprendendo com Ela a fazer sempre o que Jesus nos mandar, abrindo-nos para ouvir o que o Espírito diz à Igreja, sem resistência, preconceito, fechamento, procuremos perscrutar e discernir a vontade de Deus nos sinais dos tempos.
E quando o desânimo quiser tomar conta de nossa vida, lembremo-nos de Maria e invoquemos sua proteção materna. E Sejamos agradecidos, a Deus, pratiquemos a humildade e seremos, um dia, levados à feliz companhia de nossa Mãe do céu.
É Deus mesmo que nos chama a saciar os famintos e que manda os poderosos descerem de seus tronos para poderem, também eles, viver a partilha, a fraternidade, a justiça.
Irmãos e irmãs,
Como chegar ao céu? Esta foi a pergunta que fiz no início. Jamais podemos esquecer que Deus escolheu Maria para ser a Mãe do Salvador, escolheu uma pessoa entre os pequenos. Se a nossa fé se resume em admiração, homenagens e devoções, se não assumirmos o compromisso com os desamparados, estaremos fora do projeto de Deus e da obra do Pai realizado em Maria. E por isso, aprendamos com Ela que o caminho para o alto passa exatamente pela solidariedade com os humildes, os caídos e deserdados desta terra.
O Papa João Paulo II, que devotava um amor especial à virgem, assim se expressou em uma das festas da Assunção:
Difícil seria encontrar um momento em que Maria pudesse pronunciar com maior elevação as palavras proferidas uma vez depois da anunciação, quando, tornada Mãe virginal do Filho de Deus, visitou a casa de Zacarias, para prestar serviços a Isabel: A minha alma engrandece o Senhor… / O Todo-poderoso fez em mim grandes coisas, / e o Seu nome é santo (Lc. 1, 46, 49).
Se estas palavras tiveram a sua motivação plena e superabundante na boca de Maria, quando Ela, Imaculada, se tornou a Mãe do Verbo Eterno, atingem hoje o cume definitivo.
Maria que, graças à sua fé, naquele momento, ainda sob o véu do mistério, entrou no tabernáculo da Santíssima Trindade, hoje entra na Morada eterna, em plena intimidade com o Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, na visão beatífica face a face.
Assim, pois a Assunção é, ao mesmo tempo, a «coroação» de toda a vida de Maria, do seu amor solidário, da sua vocação única, entre todos os membros da humanidade, a ser a Mãe de Deus. É a coroação da fé que Ela, cheia de graça, demonstrou durante a anunciação e que Isabel, sua parenta, assim sublinhou e exaltou durante a visitação. Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu frente, Jesus! Feliz a aquela que acreditou porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu.
Verdadeiramente podemos repetir hoje, seguindo o Apocalipse: O Templo de Deus abriu-se no Céu, e a Sua Arca da aliança foi vista no Templo… Depois ouvi no Céu uma voz potente: ‘Eis agora a salvação, o poder e o reinado do nosso Deus, e a autoridade do Seu Cristo’ (Ap. 11, 19; 12, 10).
O reino de Deus estabelecue-se n’Aquela que sempre desejou ser apenas a escrava do Senhor. O poder do seu Ungido, isto é de Cristo, o poder do amor que Ele trouxe à Terra como um fogo (cf. Lc. 12, 49); o poder revelado na glorificação d’Aquela que, mediante o seu fiat, Lhe tornou possível vir a esta terra, tornar-se homem; o poder revelado na glorificação da Imaculada, na glorificação da Sua própria Mãe elevada aos céus.
Enfatizando o centro da Festa de hoje, pensemos:
A Assunção de Maria é dom particular do Ressuscitado à Sua Mãe. Se, de fato, aqueles que são de Cristo receberão a vida com a Sua vinda, então é justo e compreensível que esta participação na vitória sobre a morte, a experimente precisamente Ela em primeiro lugar, Ela a Mãe; Ela que é de Cristo da maneira mais plena. Com efeito, também Ele pertence a Ela como o Filho à Mãe. E Ela pertence a Ele: é, de modo particular, de Cristo, porque foi amada e remida de modo completamente singular.
Aquela que, na sua mesma concepção humana, foi imaculada — isto é, livre do pecado, cuja consequência é a morte — pelo mesmo fato, não devia acaso ser livre da morte, que é a consequência do pecado? Aquela vinda de Cristo, de que fala o Apóstolo na segunda leitura de hoje, não «devia» acaso realizar-se, neste único caso de modo excepcional, por assim dizer de repente, isto é no momento da conclusão da vida terrestre? Por isso, aquele termo da vida que para todos os homens é a morte, no caso de Maria, a Tradição chama dormição.
Para nós a solenidade de hoje é quase uma continuação da Páscoa: da Ressurreição e da Ascensão do Senhor. E é, ao mesmo tempo, o sinal e a fonte da esperança da vida eterna e da ressurreição futura. Deste sinal como vimos no Apocalipse de João: Apareceu no Céu um sinal grandioso: uma Mulher revestida com o Sol, a Lua debaixo dos Pés; na cabeça, uma coroa de doze estrelas (Ap 12, 1).
E, embora, como vimos, a nossa vida sobre a terra decorra, constantemente, na tensão daquela luta entre o Dragão e a Mulher; embora nós estejamos quotidianamente submetidos à luta entre o bem e o mal, na qual o homem participa desde o pecado original (2, 17; 3, 12); embora esta luta assuma por vezes formas perigosas e tremendas, todavia aquele Sinal da esperança permanece e renova-se constantemente na fé da Igreja.
E a festividade de hoje permite-nos olhar para este Sinal, o Grande Sinal, com confiança, esperança e alegria tanto maior. Permite-nos esperar, deste Sinal, vencer, não sucumbir definitivamente ao mal e ao pecado — na expectativa do dia em que será tudo completado por Aquele que alcançou a vitória sobre a morte: o Filho de Maria; então Ele deporá nas mãos de Deus Pai o Seu poder real, depois de aniquilar todos os chefes, autoridades e dominadores inimigos (1 Cor. 15, 24) e porá todos os inimigos debaixo de Seus pés. E o último inimigo a ser aniquilado será a morte (cf. 1 Cor. 15, 25).
Caros Irmãos e Irmãs, participemos com alegria na Eucaristia de hoje. Recebamos confiadamente o Corpo de Cristo, recordando-nos das Suas palavras: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia (Jo. 6, 54). E veneremos hoje Aquela que deu a Cristo o nosso corpo humano: a Imaculada e a Assunta aos céus, que é a Esposa do Espírito Santo e a nossa Mãe.
Celebrar a Assunção de Maria é celebrar a sua passagem desta vida terrena à vida plena de ressurreição. Era lógico que Jesus Cristo, Deus e Homem, terminasse sua presença física na terra vencendo a morte e ressuscitasse como “o primeiro de todos os que morreram”, conforme afirmação de São Paulo.
Maria, ao contrário, era totalmente deste mundo e igual a nós. Deus, porém, a chamou dentre todas as criaturas humanas para ser a mãe de seu Filho Jesus e em virtude dessa vocação Maria foi preservada de todo pecado, coroada de toda graça e mais do o que ninguém participou de maneira especial na obra redentora de seu filho.
É por isso que Maria, na frente de todos que são de Cristo, por um privilégio especial, já vive na glória do Reino, em corpo e alma, unida à vida nova do seu filho ressuscitado, conforme rezamos no prefácio da missa deste dia: “Hoje, a Virgem Maria, mãe de Deus, foi elevada à glória do céu. Pois, Deus preservou da corrupção da morte aquela que gerou de modo inefável seu Filho feito Homem, autor de toda vida”.
Este acontecimento traduz a fé do povo cristão que já nos primeiros séculos celebrava este evento baseado no fato de que aquela que Deus escolhera e preparava para ser a sua mãe – a cheia de graça – a toda santa – deveria também ser elevada aos céus em corpo e alma.
A festa de hoje é, sobretudo, uma festa de admiração, de louvor, de alegria, e de esperança ao contemplar as maravilhas feitas por Deus em Maria. Em meio às provações desta terra, a Igreja volta seus olhos para Maria como para uma luz que aponta para o horizonte: Maria já brilha como um sinal de esperança segura e de consolação para o Povo de Deus peregrino na terra. Ela é a imagem perfeita da Igreja futura, aurora da Igreja triunfante.
A Virgem Maria, que já alcançou a meta para a qual tendemos todos nós, garante-nos que a morte não é a última palavra, mas passagem para a vida, para a bem-aventurança eterna para aqueles que se empenham neste mundo em favor da vida, da justiça, da verdade e se esforçam por orientar a sua vida conforme os ensinamentos de Cristo, de acordo com o pedido de Maria: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Celebremos a Eucaristia, cheios de fé e de esperança e, fortalecidos com a palavra de Deus e o corpo de Cristo, saiamos daqui dispostos a seguir fielmente o exemplo de Maria, modelo de todo discípulo e missionário de Cristo.
Peçamos também por todas aquelas e aqueles que, a exemplo de Maria, deram seu sim a Deus na vida consagrada, colocando-se no seguimento do Cristo obediente, pobre, casto, a fim de que sejam testemunhas de santidade no mundo de hoje e despertem em muitos jovens o ideal da vocação para a vida religiosa e para o sacerdócio ministerial.
E neste momento crucial de nossa fé, rezemos com o Papa Francisco, a oração com a qual conclui sua Encíclica Lumen Fidei:
Ajudai, ó Mãe a nossa fé. Abri o nosso ouvido à Palavra, para reconhecermos a voz de Deus e a sua chamada. Despertai em nós o desejo de seguir os seus passos, saindo da nossa terra e acolhendo a sua promessa. Ajudai-nos a confiar plenamente em Deus, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e cruz, quando a nossa fé é chamada a amadurecer.
Ensinai-nos a ver com os olhos de Jesus, para que Ele seja luz no nosso caminho. E que esta luz da fé cresça sempre em nós, até chegar aquele dia sem ocaso, que é o próprio Cristo, vosso Filho, nosso Senhor!
E concluindo, agradeçamos a Deus: Obrigado, Senhor! Ajuda-nos a viver os valores do teu Reino: pobreza e humildade, em vez de prepotência e orgulho, fraternidade e solidariedade em vez de exploração e domínio. Amém. E Viva Nossa Mãe no céu, nossa Senhora Rainha dos Anjos! E viva Jesus Cristo!