O novo diretor-presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Douglas Nóbrega, esteve em Petrolina nessa terça-feira (4) acompanhando as obras de manutenção e melhorias no sistema de abastecimento de água. Em entrevista ao Blog, ele falou sobre os motivos da instabilidade no fornecimento e adiantou os investimentos em andamento para ampliar a capacidade do sistema e garantir mais regularidade no abastecimento. Segundo Nóbrega, os recentes problemas de falta d’água estão ligados a uma grande manutenção na principal estação de tratamento, responsável por mais da metade do abastecimento da cidade.
“Essa estação não passava por uma manutenção de grande porte há mais de dez anos. Nesse período, os equipamentos se degradam naturalmente. Durante o processo, é esperada uma variação na pressão e no fornecimento, mas a previsão é que a situação se normalize gradualmente”, explicou. O presidente destacou que, apesar dos transtornos temporários, as ações fazem parte de um plano de modernização e ampliação da capacidade do sistema.
“Petrolina é hoje uma das cidades que mais recebem investimentos da Compesa. Estamos recuperando o tempo em que pouco foi aplicado e preparando o sistema para acompanhar o crescimento do município. Estamos executando um pacote de R$ 100 milhões em obras. São investimentos que vão aumentar em até 50% a capacidade do sistema até o segundo semestre de 2026”, afirmou.
De acordo com Nóbrega, Petrolina recebe atualmente cerca de 1.090 litros por segundo, e a previsão é de que a capacidade do sistema aumente em cerca de 40% após a conclusão das obras, prevista para o segundo semestre de 2026. Entre as ações em execução estão a construção de uma nova captação, uma nova estação de tratamento com capacidade de 400 litros por segundo e a recuperação do reservatório central, localizado no Centro da cidade. “Esse reservatório estava desativado, mas foi reativado temporariamente para reforçar o abastecimento das zonas Norte e Leste. Em seguida, ele passará por uma reforma completa”, detalhou.
PPP
Durante a entrevista, o presidente também comentou as discussões sobre o modelo de Parceria Público-Privada (PPP), garantindo que não há processo de privatização da Compesa. “A Compesa continuará sendo uma empresa pública. O parceiro privado cuidará apenas da parte de distribuição e cobrança, enquanto a companhia seguirá responsável pela captação e tratamento da água. Nenhum servidor será demitido”, reforçou.
Nóbrega informou ainda que os municípios de Afrânio e Dormentes, no Sertão do São Francisco, também estão recebendo melhorias no sistema. Em Dormentes, a vazão foi recuperada com ações de engenharia e combate a fraudes. Já em Afrânio, equipes da Compesa trabalham na correção de ligações clandestinas. “Infelizmente ainda há situações de uso irregular, com derivações clandestinas nas adutoras. Isso reduz a pressão e compromete o abastecimento regular da população”, alertou.
O diretor-presidente afirmou que as ações emergenciais devem reduzir os transtornos ainda neste mês de novembro, enquanto as obras estruturais terão efeito pleno a partir de 2026. Com isso, a expectativa da Compesa é que Petrolina volte a ter um abastecimento estável nos próximos dias e, a médio prazo, um sistema mais moderno e com capacidade ampliada para acompanhar o crescimento da cidade.
Arrecadação
Outro ponto que costuma gerar controvérsia em Petrolina é a arrecadação da Companhia na terceira maior cidade de Pernambuco, e o que é deixado de investimentos. Segundo Nóbrega, todo o faturamento da Compesa é unificado na área financeira – independente do município. ” Tem os investimentos que também não são ligados às receitas, e sim às necessidades. Não há um dinheiro ‘carimbado’ de um município A ou B, se recebe mais ou recebe menos. Ela (Compesa) procura atender às necessidades, independente da receita“, finalizou.



Esse sujeito tá tido dia dando entrevista, só enrolando a população E a falta de água continua nesse calor !
Grande manutenção, que piada. A caixa d’água vai continuar com o teto quebrado…