Médicos residentes de PE suspenderão serviços nesta quinta-feira

por Carlos Britto // 22 de setembro de 2015 às 19:00

Quem depende de atendimento médico em Pernambuco pode enfrentar transtornos nesta quinta-feira (24). Os médicos residentes do Estado decidiram suspender os serviços em adesão ao Movimento Nacional pela Valorização Médica.

O objetivo da mobilização é chamar a atenção para os problemas relacionados à falta de condições de ensino na residência médica. Serão mantidos apenas os serviços de urgência e emergência nas redes pública e privada.

Além da paralisação de 24 horas, a categoria fará um ato público em frente ao Memorial de Medicina de Pernambuco, no Recife, às 10h. Logo após, seguirão em caminhada pela Avenida Agamenon Magalhães até o Hospital da Restauração, local escolhido para um abraço simbólico a saúde. O Sindicato dos médicos de Pernambuco (Simepe) apoia integralmente o movimento, que une a categoria em defesa da  Residência Médica de qualidade.

Pauta

A pauta de reivindicações da categoria consta dos seguintes itens:

1. Aumento da representação das entidades médicas na composição da CNRM e fim da câmara recursal;

2. Fiscalização imediata de todos os programas de residência do país para garantir a qualidade destes, antes da abertura de novas vagas. A fiscalização deverá ser realizada por médico de especialidade correspondente ao programa e representante dos médicos residentes;

3. Revisão completa do texto do Decreto nº 8.497 de 4 de agosto de 2015 para garantir que a Residência Médica permanece como padrão ouro de formação de especialistas;

4.Levantamento dos cortes orçamentários e suspensão destes em todos os serviços (hospitais, unidades básicas de saúde, etc.) em que atuam médicos residentes;

5. Plano de carreira e de valorização para os médicos preceptores, com inclusão de remuneração adequada, desenvolvimento continuado e tempo exclusivo para atividades didáticas;

6. Plano de carreira nacional para médicos do SUS, com garantia de remuneração adequada, progressão de carreira, desenvolvimento profissional e educação continuada;

7. Fim imediato da carência de 10 meses para que médicos residentes possam usufruir de seus direitos junto ao INSS;

8. Cumprimento da legislação vigente sobre residência médica com a garantia do auxílio-moradia;

9. Isonomia da Bolsa de Residência Médica com bolsas oferecidas por outros programas de ensino médico em serviço do Governo Federal como Provab e ‘Mais Médicos’. A complementação deverá ser realizada com recursos dos Ministérios da Educação e Saúde para não onerar as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

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