Os médicos decidiram, numa reunião em Brasília, fazer uma paralisação no dia 21 de setembro em todo o Brasil. A decisão foi tomada pelos representantes das comissões de honorários médicos dos sindicatos estaduais da categoria. Eles brigam com os planos de saúde por melhores remunerações nos horários médicos e exigem a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) como referência para os pagamentos. “No dia primeiro de setembro vamos definir quais serão os planos que ficarão paralisados. Cada Estado vai escolher um plano de saúde”, disse o representante do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Mário Fernando Lins.
A movimentação dos sindicatos dos médicos contra os planos de saúde, como entidades de defesa dos interesses trabalhistas, não pode ser confundida com a proibição da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. O órgão executivo baixou norma proibindo o Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (CFM) e seus conselhos regionais, de incentivar ações em massa contra os planos de saúde, a exemplo de descredenciamentos coletivos, como propõe os sindicatos.
O entendimento é de que ações em massa seriam práticas abusivas de mercado. Num primeiro momento, os médicos conseguiram derrubar esse entendimento na Justiça Federal, mas no início desta semana o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal (TRF-DF) deu ganho de causa à SDE, lembrando que “cobrança adicional do valor de consultas e procedimentos médicos não pode ficar à margem de atuação da SDE, porque pode trazer sérias repercussões na relação contratual estabelecida entre médicos, operadoras de saúde e usuários”.



Esse protesto contra os baixos valores pagos pelas consultas, afetará mais a nós clientes usuários que ficará no prejuízo. Os mais atingidos nessa disputa de mercado. Eles exigem um pagamento melhor por cada atendimento, mas, em vez de tentar conquistar o apoio dos clientes, estão dispensando tratamento cada vez pior aos associados.
Cara Poliana, um dos principais motivos da piora do atendimento é o grande número de consultas necessárias para se conseguir um rendimento decente. Ganhando melhor por consulta, daria para atender menos paciente em um turno, e oferecer uma consulta melhor, pelo menos em teoria. Um convênio como HGU paga em torno de 33,60 por consulta, menos ainda para visita a paciente internado. Imagina que você está em casa a noite, e lhe telefonam para ver um paciente internado. Às vezes os médicos se perguntam se vale a pena atender o celular… Nem por isso os convênios deixam de cobrar caro dos usuários. Atualmente a relação não é boa nem para médicos nem para pacientes, os únicos beneficiados são os planos. Esses protestos visam minimizar isso. Sempre que se fala em protesto médico há o risco de prejuízo a saúde de alguém. Da forma como isso vem sendo organizado, o prejuízo é o menor possível, e a chance de benefício futuro pode ser maior.
È uma pena que não esperaram chegar o dia 21 de setembro…..pois já tem médica que, desde já, não está atendendo pelo plano HGU !!!!