Em carta, médicos do HRJ denunciam atrasos de salários e descaso com profissionais

por Carlos Britto // 26 de novembro de 2025 às 18:16

Foto: Leonardo Rattes/Sesab arquivo

Médicos que atuam como pessoa jurídica (PJ) no Hospital Regional de Juazeiro-BA (BA) denunciaram, por meio de uma carta pública, que estão há quase três meses sem receber pagamento pelos serviços prestados. Segundo os profissionais, a falta de repasses coloca em risco a continuidade de atendimentos e pode levar à suspensão de atividades não essenciais, caso a situação não seja resolvida com urgência.

Confiram, na íntegra, a carta divulgada pelos médicos:

“Nós, médicos que atuamos no Hospital Regional de Juazeiro sob o regime de pessoa jurídica, viemos a público manifestar a grave situação que estamos enfrentando. Há quase 3 meses estamos sem receber pelos serviços prestados e, até o momento, não há qualquer previsão oficial de pagamento.

Mesmo diante dessa falta de respeito e valorização profissional, continuamos trabalhando diariamente, garantindo atendimentos, realizando procedimentos, salvando vidas e mantendo o funcionamento de setores essenciais do hospital. No entanto, a manutenção dessa situação é insustentável e coloca em risco a continuidade de diversos serviços médicos oferecidos à população.

Caso o problema não seja resolvido com urgência, seremos obrigados a suspender as atividades não essenciais, preservando apenas os atendimentos de emergência e assistência indispensável. Essa decisão, embora indesejada, pode se tornar a única alternativa para garantir a dignidade dos profissionais e a segurança da própria assistência.

É fundamental que a comunidade saiba do que está acontecendo. O atraso recorrente é um descaso com a saúde pública, impacta diretamente a motivação das equipes e compromete a estabilidade dos profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado da população de Juazeiro e região.

Reforçamos que nosso compromisso sempre foi, e continua sendo, com os pacientes. Mas também é nosso dever informar à sociedade sobre irregularidades que prejudicam tanto os profissionais quanto a qualidade da assistência prestada. Pedimos respeito, transparência e uma solução urgente por parte dos responsáveis pela gestão. A saúde da população merece ser tratada com seriedade”.

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