O imbróglio envolvendo o Matadouro Público de Petrolina, iniciado há seis anos, parece bem distante de um desfecho. Com prazo determinado pela prefeitura para encerrar as atividades, em fevereiro de 2016, o abatedouro deverá ser alvo de disputa entre os marchantes e a administração municipal.
É o que prometeu Josemilson Souza (foto). Marchante há 28 anos, ele afirmou ao programa ‘Manhã no Vale’ da Rádio Jornal, nesta segunda-feira (28), que desde quando a categoria iniciou diálogo com a prefeitura sobre o destino do matadouro, ainda não houve propostas concretas. “Estamos vivendo de promessas”, desabafou.
Souza informou que os marchantes se recusam a levar os animais para serem abatidos em Juazeiro (BA), conforme orientação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Primeiro porque na cidade baiana o grupo responsável pelo serviço é privado e já mudou de mãos; depois, porque os profissionais passarão a pagar impostos, o que encarecerá a carne aos consumidores petrolinenses.
“As feiras livres de Petrolina também não têm condições de receber a carne de Juazeiro, porque elas vêm resfriadas e precisam de um balcão frio, porque não podem ser expostas, enquanto a carne que sai do matadouro para as feiras é fresca”, justifica.
Novo matadouro
Souza, que também é tesoureiro da associação de feirantes da Areia Branca, informa que a decisão de encerrar as atividades do matadouro só incentivará o abate clandestino. Este mês ele conta que mais de 6 mil animais – entre bovinos, suínos e caprinos – foram abatidos no espaço, localizado na Pedra do Bode, área central da cidade. “Estão brincando com a saúde de Petrolina”, critica o marchante, cobrando responsabilidade também do MPPE.
Ele argumenta que a prefeitura “busca desculpas” para fechar o matadouro, que está funcionando em perfeitas condições, inclusive em relação ao pagamento dos funcionários do local. Souza admite que o matadouro precisa de reforma, além de equipamentos como balança e pistola para o abate. Isso, porém, não impede o funcionamento do espaço. Ele acredita que a administração estaria deixando de fazer sua parte justamente para ter o argumento de fechar o abatedouro da cidade. Souza deixa claro que os marchantes não são contra o fechamento, mas reivindicam que antes seja construído um novo abatedouro, porque dessa atividade dependem 150 pais de famílias em Petrolina.




Essa carne imunda vendida de qualquer jeito em feiras é 90% proveniente de abate clandestino,
o matadouro esta servindo apenas para mascarar essa realidade.
Fechando o matadouro isso ficará ainda mais evidente!
Além disso o local não comporta mais esse lixão chamado matadouro!
Fechem logo esse foco de doenças!
Se o matadouro não tem nenhuma condição de funcionar a carne continua sendo um problema de saúde pública. O que deve ser feito é uma conscientização da prefeitura junto a população, para que a carne tenha um minimo de qualidade deve ser resfriada e o animal abatido de acordo com a legislação.