Após mandar um recado direto ao senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), semana passada na Casa Plínio Amorim, ao ameaçar deixar o grupo político do socialista por se sentir desprestigiado, o vereador Manoel da Acosap (PHS) voltou a demonstrar sua mágoa. E deixou claro que seu posicionamento não está relacionado a nomes – a exemplo do seu colega, Dr.Pérsio Antunes (PMDB), que se aliou ao senador nas eleições no ano passado.

Durante entrevista a repórteres após a sessão plenária de ontem (10) na Casa, Manoel argumentou não estar culpando “A, B ou C”, mas apenas cobrando “um gesto” do seu grupo pelo posicionamento de oposição que vem mantendo em relação ao prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB).

Em outras palavras, Manoel explicou que por assumir essa postura – confundida pelos adversários como “radical” – as portas se fecham de todos os lados e ele fica sem poder dar resposta aos seus eleitores. “Não é só em relação à prefeitura. Até em órgãos estaduais controlados por deputados que não são aliados de Fernando Bezerra”, justifica.

O vereador deixou claro também estar recebendo muito mais atenção de políticos que não tiveram seu apoio em 2014 – a exemplo de Lucas Ramos (PSB), Gonzaga Patriota (PSB), Odacy Amorim (PT) e Adalberto Cavalcanti (PHS) – do que Miguel Coelho (PSB) e Fernando Filho (PSB). Disse ainda ter o contato telefônico de todos os parlamentares citados por ele, menos os dos filhos de Fernando. “Não tenho e nem peço”, disse o vereador, acrescentando que sequer conhece a assessoria de Miguel e Fernando Filho. “A primeira coisa que eles deveriam fazer era apresentar sua equipe de trabalho”, alfinetou.

Opção

Manoel se disse “muito grato” a Adalberto Cavalcanti e ressaltou que só não o acompanhou quando decidiu se candidatar a federal e romper com FBC, porque optou pelo apoio a Fernando Filho. Mas não está vendo, agora, o reconhecimento do senador e do seu grupo – do qual é aliado desde 2004.

Afirmando desconhecer o projeto político para Petrolina dos seus aliados eleitos no ano passado, o vereador adiantou que deverá se reunir com o senador para definir o rumo que tomará. “Vou ter essa conversa com ele. Se ficar satisfeito, fico onde estou. Se não, tenho o direito de procurar outro grupo para apoiar”, finalizou.