Na noite de sexta-feira (30/07), durante a 21a Feira de Agricultura Irrigada (Fenagri), em Petrolina (PE), o secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, assinou dois convênios de cooperação técnica. Um deles trata de um acordo que vai transformar Morro do Chapéu na Champagne brasileira, com a produção de uvas especiais para vinhos finos.
Pelo primeiro convênio, será feita uma avaliação técnica e econômica de videiras viníferas destinadas à produção de uvas na Chapada Diamantina. A ideia é que a região, de clima temperado, possa, num futuro próximo, se tornar referência mundial na elaboração de vinhos finos.
O termo de cooperação foi assinado com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) e a Associação de Criadores e Produtores de Morro do Chapéu. O convênio prevê a instalação de unidades de observação (UOs) na Chapada Diamantina, com vinhedos experimentais e as culturas do pessegueiro, amexeira, pereira, macieira, cerejeira e oliveira. A avaliação do desempenho agronômico ficará a cargo da Embrapa Semiárido e da EBDA. O projeto será implantado em área pertencente à Associação de Criadores e Produtores de Morro do Chapéu.
O outro convênio, selado entre a Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), a Special Fruit, a Associação dos Produtores do Perímetro Irrigado de Mandacaru, a Associação dos Fruticultores do Perímetro Irrigado de Curaçá e a Associação de Pequenos Produtores Manga Brasil, é voltado à realização de um pré-estudo para a instalação de uma indústria de processamento de frutas no Vale do São Francisco, como manga, uva, abacaxi, graviola, mamão, romã, maracujá, umbu, acerola, banana e grapefruit. A ideia é que possam ser produzidos sucos naturais e concentrados, polpas, frutas secas e desidratadas, compotas e saladas de frutas.
Para o presidente da Special Fruit, Suemi Koshiama, a assinatura do convênio é o começo da agroindustrialização do Vale do São Francisco. “Vamos poder identificar o mercado para o suco, as frutas desidratadas e outras frutas. Sem falar que os pequenos e médios produtores terão outras oportunidades de negócios”.
Na avaliação do secretário da Agricultura, os convênios vão assegurar a sustentabilidade do pequeno e médio produtor, além de impulsionar o desenvolvimento de agroindústrias nessas regiões, “fortalecendo a economia do estado, gerando renda, riqueza e novos postos de trabalho”.


