O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, diagnosticado no último sábado com um câncer na laringe, deve deixar nesta terça-feira o Hospital Sírio-Libanês. Lula deu início segunda-feira (31/10) ao tratamento de quimioterapia para combater o tumor. A previsão era de que o ex-presidente passasse a noite no hospital e fosse liberado ainda nesta manhã (1º).
Os médicos inseriram em Lula um cateter, sob a pele, na região do peito. O cateter ficará alojado na região até o fim do tratamento. Em cada uma das três sessões de quimioterapia – com intervalo de 21 dias entre cada uma -, os medicamentos serão injetados, por meio de uma agulha acoplada a esse cateter, por até 120 horas em pequenas doses. Encerrado o período de 120 horas, a agulha é retirada do cateter.
De acordo com a equipe médica, em até 40 dias será possível avaliar os resultados prévios da quimioterapia. Eles afirmaram que o tumor de Lula tem três centímetros e grau de agressividade médio. Durante o tratamento, Lula será acompanhado por um fonoaudiólgo, por causa da proximidade do tumor com as cordas vocais.
A previsão é de que as sessões de quimioterapia terminem na primeira quinzena de janeiro. Após três ou quatro semanas, será iniciada a radioterapia. Nessa etapa, Lula ficará deitado dentro de um equipamento no qual é emitida uma radiação direcionada ao local do tumor. O procedimento será repetido durante sete semanas e deve ser encerrado até o final de fevereiro. Segundo os médicos, só será possível garantir que o ex-presidente está curado do câncer se não houver recorrência do tumor nos próximos cinco anos. (Da Veja Online/Foto: Eduardo Anizelli/Folha Press)


