Prestes a encerrar seu ciclo à frente da Prefeitura de Petrolina, Julio Lossio (PMDB) assegurou que a política não está inicialmente nos seus planos quando concluir o segundo mandato, no dia 31 de dezembro. Pelo menos não por enquanto. A declaração foi dada à imprensa pelo próprio Lossio, ao participar na última terça-feira (20) de uma solenidade na Casa Plínio Amorim.

O prefeito afirmou “não ter interesse” em nenhum cargo político pelos próximos dois anos, se porventura fosse convidado. O convite, esse sim, partiu das universidades internacionais de Cambridge, Oxford, Columbia (Nova Iorque) e Havard, após ter participado de reuniões com grupos ligados à educação infantil e a questões da desigualdade.

“Estou organizando uma agenda para passar seis meses estudando. Faz 21 anos que não tenho férias de um mês. Agora resolvi me dar essas férias, estudando essas questões que me interessam muito”, ressaltou Lossio, lembrando que o Programa ‘Nova Semente’ projetou mundialmente Petrolina e, consequentemente, lhe deu também visibilidade. Lossio disse ainda que deve exercer mais plenamente a Medicina, já que é especializado em oftalmologia.

O prefeito lembrou ainda das duas eleições difíceis em que se saiu vencedor – derrotando, na primeira, Gonzaga Patriota (PSB), em 2008, e na segunda Fernando Filho (PSB), em 2012. Ele no entanto, minimizou esses feitos, afirmando que suas duas vitórias foram “emblemáticas” não no campo político, mas pelo que conseguiu realizar e pelos avanços sociais, “que são incontestes”, avaliou. “Temos a segunda maior cobertura de PSF no Brasil, temos o maior programa habitacional, em termos proporcionais, de todas as unidades da Federação, a maior expansão em atendimento da educação infantil do Brasil…enfim, isso nos dá uma tranquilidade de poder olhar para frente e decidir que, dentro da minha missão pública, eu cumpri minha missão”, ponderou.

Sonho realizado

Lossio disse ainda que se sente totalmente realizado em ter realizado o sonho de ser prefeito na cidade que o acolheu (ele é natural do Ceará). “Para alguns o apogeu político é ser governador, para outros é ser presidente. Para mim foi ser prefeito da minha cidade, onde vivo e quero continuar morando”, completou. Lossio voltou a minimizar a questão da transição, afirmando que “uma ou outra queixa” faz parte do processo.