A implantação de novos hidrômetros feita pela Compesa não está convencendo uma parte da população petrolinense atingida pela falta d’água na cidade. O líder comunitário e coordenador da regularização fundiária dos bairros da zona norte em Petrolina, Antonio Aurélio, o ‘Gordo’ (foto), deu um prazo até amanhã (16) para a Compesa se pronunciar sobre o problema de desabastecimento em várias comunidades. Se isso não acontecer, ele promete mobilizar os moradores para arrancar os hidrômetros.

“Pagamos R$ 22 para ter 10 metros quadrados de ar, porque é só isso que passa pelas torneiras. Não vou dizer que em todas as comunidades a situação está assim. Mas deixamos de construir um quarto para nossos filhos e assumir despesas que deveriam ser da Compesa, como construir uma cisterna para acumular água. Isso sem falar nos gastos com energia, porque para levar a água até a caixa é preciso uma bomba elétrica”, desabafa Gordo.

Segundo ele, a ideia é pressionar a Companhia a regularizar logo a situação ou admitir que será preciso construir reservatórios nas comunidades em que o problema é mais latente – como já tinha afirmado o ex-gerente regional da Compesa, Itamar Fernandes.

Esta última hipótese parece, no momento, a mais provável. “Se for assim, eles terão nosso apoio. Caso contrário iremos arrancar os hidrômetros e deixar em um local para a Compesa ir pegar”, garantiu Gordo.