Os leitores Luan Santos Souza (licenciando em História pela UPE/Campus Petrolina) e Amarildo Silva Souza (bacharelando em Direito pela Facape) escrevem ao Blog indignados pelo fato do único bebedouro existente no Parque Municipal Josepha Coelho, Centro de Petrolina, ter sido retirado.
Confiram:
“Traga-me um copo d’água, tenho sede…”
Essa frase do título que é retirada da música de Gilberto Gil, “Tenho sede”, reflete bem a situação que os frequentadores do parque municipal Josepha Coelho vêm enfrentando, principalmente aqueles que vão para praticar atividades físicas, pois há algum tempo a prefeitura retirou o único bebedouro do parque (que inclusive era insuficiente para a quantidade de pessoas que lá frequentam), deixando-os à mercê da sede. A única solução é a compra de água mineral no pequeno comércio do lado externo que, aliás, cobram caro por meio litro de água.
A água é um fator fundamental para práticas esportivas, pois nessas atividades o corpo perde mais água do que é capaz de produzir e, se não houver reposição, você se desidrata e prejudica sua saúde. Durante o exercício deve-se ingerir em intervalos regulares, com o objetivo de repor toda a água perdida por meio do suor, e mais ainda durante o calor do verão.
E um dos objetivos do parque municipal, além do lazer, é a atividade física, pois sabemos que hoje a metade da população brasileira está acima do peso, e esses espaços são idealizados a serem veículos de uma melhor qualidade de vida, principalmente para aqueles que não dispõem de poder aquisitivo para frequentar espaços privados.
Apesar de não ter nenhuma lei federal que assegure a água nesses espaços, existem algumas regiões que incluíram na sua legislação esse ponto. Por exemplo, na legislação estadual do Rio de Janeiro a Lei Nº 4.241, de 16 de dezembro de 2003.
“Art. 1º – É obrigatório, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, que as casas de espetáculo, cinemas, parques de diversão, parques temáticos, shopping centers, estádios, ginásios esportivos e outros locais de afluxo de público disponibilizem gratuitamente, aos seus frequentadores, bebedouros com água filtrada e gelada, em número suficiente”.
Tentei procurar alguma lei no Estado de Pernambuco que assegurasse esse direito, mas não encontrei. Contudo, antes mesmo de ser uma questão legal, é um caso de bom senso e de humanidade com os frequentadores do parque. E perguntamos qual o motivo da prefeitura retirar a única fonte de água potável para uso dos frequentadores? É viável o retorno daquele velho bebedouro, que, aliás, é anti-higiênico? No mínimo queremos um bebedouro maior, com várias torneiras e a água deve estar em temperatura menor que a do ambiente (entre 15 a 22ºC), se adequando assim ao grande fluxo de pessoas que utilizam daquele espaço. E com tantos problemas no parque, mais esse para nos atormentar.
Luan Santos Souza/Licenciando em História pela UPE
Amarildo Silva Souza/Bacharelando em Direito pela Facape



Luan, só uma correção. A música “Tenho sede” a letra é de Anastácia, e a música é de Dominguinhos. Gilberto Gil apenas apenas gravou, numa interpretação belíssima. Á qual é a primeira gravação da música.
Abraços.
Augusto Flávio (Poeta – Historiador em música)
O citado parque deveria ser um cartão postal, pois foram feitos altos investimentos sem a verdadeira utilização. Infelizmente o descaso é enorme. Vejam:
1- Banheiros sem higiene;
2- Quiosques de enfeite;
3-Arenas abandonadas;
4-Não há nenhum projeto voltado para o esporte e lazer;
5-Brinquedos defasados e pouquíssimos para o porte da cidade.
Pergunto: Quem administra tem noção do desperdício que há lá?
Estamos de olho!!!!!
Se não há bebedouro para os frequentadores beberem aguá, sobra nos chuveiros de lá ( bicas), passo por lá para ir trabalhar todos os dias e percebi que o desperdício de aguá lá foi constante entre os dias 28/12, 02 de Janeiro.