Leitores criticam retirada de único bebedouro do Parque Josepha Coelho

por Carlos Britto // 31 de dezembro de 2012 às 16:20

Os leitores Luan Santos Souza (licenciando em História pela UPE/Campus Petrolina) e Amarildo Silva Souza (bacharelando em Direito pela Facape) escrevem ao Blog indignados pelo fato do único bebedouro existente no Parque Municipal Josepha Coelho, Centro de Petrolina, ter sido retirado.

Confiram:

“Traga-me um copo d’água, tenho sede…”

Essa frase do título que é retirada da música de Gilberto Gil, “Tenho sede”, reflete bem a situação que os frequentadores do parque municipal Josepha Coelho vêm enfrentando, principalmente aqueles que vão para praticar atividades físicas, pois há algum tempo a prefeitura retirou o único bebedouro do parque (que inclusive era insuficiente para a quantidade de pessoas que lá frequentam), deixando-os à mercê da sede. A única solução é a compra de água mineral no pequeno comércio do lado externo que, aliás, cobram caro por meio litro de água.

A água é um fator fundamental para práticas esportivas, pois nessas atividades o corpo perde mais água do que é capaz de produzir e, se não houver reposição, você se desidrata e prejudica sua saúde. Durante o exercício deve-se ingerir em intervalos regulares, com o objetivo de repor toda a água perdida por meio do suor, e mais ainda durante o calor do verão.

E um dos objetivos do parque municipal, além do lazer, é a atividade física, pois sabemos que hoje a metade da população brasileira está acima do peso, e esses espaços são idealizados a serem veículos de uma melhor qualidade de vida, principalmente para aqueles que não dispõem de poder aquisitivo para frequentar espaços privados.

Apesar de não ter nenhuma lei federal que assegure a água nesses espaços, existem algumas regiões que incluíram na sua legislação esse ponto. Por exemplo, na legislação estadual do Rio de Janeiro a Lei Nº 4.241, de 16 de dezembro de 2003.

“Art. 1º – É obrigatório, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, que as casas de espetáculo, cinemas, parques de diversão, parques temáticos, shopping centers, estádios, ginásios esportivos e outros locais de afluxo de público disponibilizem gratuitamente, aos seus frequentadores, bebedouros com água filtrada e gelada, em número suficiente”.

Tentei procurar alguma lei no Estado de Pernambuco que assegurasse esse direito, mas não encontrei. Contudo, antes mesmo de ser uma questão legal, é um caso de bom senso e de humanidade com os frequentadores do parque. E perguntamos qual o motivo da prefeitura retirar a única fonte de água potável para uso dos frequentadores? É viável o retorno daquele velho bebedouro, que, aliás, é anti-higiênico? No mínimo queremos um bebedouro maior, com várias torneiras e a água deve estar em temperatura menor que a do ambiente (entre 15 a 22ºC), se adequando assim ao grande fluxo de pessoas que utilizam daquele espaço. E com tantos problemas no parque, mais esse para nos atormentar.

Luan Santos Souza/Licenciando em História pela UPE

Amarildo Silva Souza/Bacharelando em Direito pela Facape

Leitores criticam retirada de único bebedouro do Parque Josepha Coelho

  1. Augusto Flávio disse:

    Luan, só uma correção. A música “Tenho sede” a letra é de Anastácia, e a música é de Dominguinhos. Gilberto Gil apenas apenas gravou, numa interpretação belíssima. Á qual é a primeira gravação da música.

    Abraços.

    Augusto Flávio (Poeta – Historiador em música)

  2. nina disse:

    O citado parque deveria ser um cartão postal, pois foram feitos altos investimentos sem a verdadeira utilização. Infelizmente o descaso é enorme. Vejam:
    1- Banheiros sem higiene;
    2- Quiosques de enfeite;
    3-Arenas abandonadas;
    4-Não há nenhum projeto voltado para o esporte e lazer;
    5-Brinquedos defasados e pouquíssimos para o porte da cidade.
    Pergunto: Quem administra tem noção do desperdício que há lá?
    Estamos de olho!!!!!

  3. Fernanda disse:

    Se não há bebedouro para os frequentadores beberem aguá, sobra nos chuveiros de lá ( bicas), passo por lá para ir trabalhar todos os dias e percebi que o desperdício de aguá lá foi constante entre os dias 28/12, 02 de Janeiro.

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