Indignado com um problema recorrente não só em Petrolina, mas em várias cidades, um leitor cobra das autoridades públicas medidas veementes para coibir uma prática infame: as motos com escapamentos adulterados, que infernizam a vida dos cidadãos.
Confiram:
Li certa vez que duas formas de se constatar a desmoralização de uma cidade são a quantidade de paredões de som em locais públicos e o número de motos com escapamentos adulterados, que produzem barulho excessivo.
Hoje quero me deter ao segundo ponto. O primeiro, graças a Deus, não é algo que vejo com tanta frequência em nossa cidade. Já o segundo, infelizmente, é uma realidade constante.
Sou morador da Cohab Massangano e sempre me incomodei com essa situação. Contudo, desde o nascimento do meu primeiro filho, hoje com três meses de vida, o problema tornou-se ainda mais grave dentro da minha rotina.
Você que é pai ou mãe, imagine comigo: depois de muito esforço, cansaço e noites mal dormidas, finalmente consegui colocar o bebê para dormir. De repente, ele acorda assustado pelo barulho ensurdecedor de uma moto ou bicicleta motorizada com escapamento alterado passando pela rua.
Gosto é algo particular, como diz o ditado popular. No entanto, não faz sentido alguém se achar no direito de impor seu barulho a toda a coletividade. Há até uma piada recorrente de que esse tipo de escapamento serve para avisar quando o cidadão está chegando em casa.
O fato é que não sabemos a quem recorrer. A fiscalização é extremamente escassa nesse tipo de situação e, quando ocorre alguma ação, ela ganha caráter pontual e até midiático. O que realmente faria diferença seria uma fiscalização contínua, capaz de inibir e reduzir esse tipo de prática, garantindo mais sossego e qualidade de vida para quem só quer descansar, especialmente crianças e famílias.


