Aos 74 anos de idade, dona Inda Ribeiro é mais uma petrolinense que sofre com a precariedade do sistema de saúde pública. A idosa, que reside no bairro Jardim Petrópolis, na zona oeste de Petrolina, relata as dificuldades vividas por ela e seu esposo, que precisam se deslocar até o bairro São Gonçalo para à procura de atendimento médico.
Dona Inda diz que a rotina do casal tem sido de muitas dificuldades e que a comunidade não tem recebido os serviços dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs). Além disso, ela cobra a instalação de uma unidade de saúde para atender os moradores do bairro.
“Temos sede por um postinho de saúde. Aqui a gente passa mal e não tem a quem recorrer. Eu e meu marido temos que sair daqui e ir para o São Gonçalo e muitas vezes não somos atendidos. Moramos numa comunidade muito carente, mas ninguém faz nada pela comunidade. Estamos sofrendo demais, quando eu preciso tenho que ir me arrastando até lá porque não tem médico nenhum aqui. Não tem um agente de saúde, nem mesmo para aferir uma pressão. Nunca vi nenhum“.
Sobre as denúncias da idosa, o Blog entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, mas ainda não recebeu os esclarecimentos.
Que o sistema único de saúde é ineficiente ão é nenhuma novidade, porém, sobre os questionamentos devem ser feitos algumas considerações:
1) Há posto de saúde no referido bairro? Se não, existe plano de construir um?
2) A área é coberta por agentes de saúde (pois muitas áreas em Petrolina ainda não são)? Se não existe plano de colocar agentes na comunidade? Se sim, por que o agente de saúde não passa na residencia dessa senhora?
3) Aferir pressão arterial é função (competência) dos agentes de saúde?
4) O bairro citado foi estruturado pela prefeitura, é loteamento oriundo do setor privado ou uma extensão desordenada do bairro São Gonçalo?
Não que adiante as tão comuns respostas evasivas, mas com a palavra a secretaria de saúde, e/ou de infraestrutura… ou quem de direito.