O Agosto Lilás reforça um apelo urgente pela vida das mulheres no Brasil, diante do aumento alarmante dos casos de violência. Em 2025, quando a Lei Maria da Penha completa 19 anos, o Hospital Universitário (HU)-Univasf), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), destaca o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) como canal fundamental no cuidado e proteção às vítimas.
Feminicídios, estupros e violências psicológicas estão entre as principais formas de agressão, praticadas em sua maioria por companheiros ou ex-companheiros. Um levantamento do relatório “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil” aponta que 21,4 milhões de brasileiras já vivenciaram alguma situação de violência.
Diante dessa realidade, o HU-Univasf adota um protocolo de atendimento multiprofissional, que envolve desde avaliação médica e cuidados de enfermagem até escuta psicológica, atendimento social, notificação, registro e encaminhamentos necessários.
“O HU-Univasf é referência para mais de 50 municípios nos estados de Pernambuco e Bahia, e o atendimento a mulheres vítimas de violência também está previsto na urgência e emergência. Nosso objetivo é que cada caso seja acolhido, registrado e encaminhado da melhor forma possível. Atuamos com escuta qualificada e entrevista social para compreender o histórico da violência e orientar as vítimas sobre seus direitos, além de articular com a rede de proteção, como delegacia especializada, centro de atendimento à mulher e a Ronda Maria da Penha”, explicou a assistente social Lucinete Cruz.
Pela vida das mulheres
Instituída em âmbito nacional, a campanha Agosto Lilás faz referência à Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, em homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes, símbolo da luta contra a violência de gênero no Brasil. A legislação prevê proteção para todas as mulheres, independentemente da orientação sexual, aspecto reforçado neste ano, em que também se celebra o Mês da Visibilidade Lésbica. Em fevereiro de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) ampliou o alcance da lei, reconhecendo sua aplicação também para casais homoafetivos formados por homens e mulheres travestis e transexuais.
Casos de violência contra a mulher podem ser denunciados pelo número 180, disponível 24 horas por dia. Em situações de emergência, o acionamento deve ser feito através do 190 da Polícia Militar.


