Greve da PM provoca transtornos na Bahia

por Carlos Britto // 03 de fevereiro de 2012 às 06:32

A greve de um segmento da Polícia Militar (PM) da Bahia, deflagrada na quarta-feira (1º), começou a causar sérios transtornos no Estado. Comerciantes de Salvador, Feira de Santana e Ilhéus fecharam as lojas mais cedo com medo da ação de criminosos que poderiam se aproveitar da diminuição do efetivo da PM. Os relatos de roubos e a sensação de pânico tomaram conta da cidade. Até um grande shopping fechou as portas três horas antes do normal.

Na noite de ontem (02), cerca de 150 homens da Força Nacional de Segurança chegaram a Salvador. A previsão é que outros 500 homens cheguem à Bahia nas próximas 48 horas para reforçar o policiamento ostensivo em todo o Estado.

Também está prevista a presença de tropas do Exército, após entedimento do governador Jaques Wagner com a presidente Dilma Rousseff. Neste caso, o número de militares ainda não foi divulgado. A transferência dos homens da Força Nacional aconteceu por solicitação do governador ao Ministério da Justiça.

O grupo reivindica a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV) e melhores condições de trabalho. Na tarde desta quinta, assim como na quarta, eles interditaram em protesto a Avenida Luís Viana Filho, conhecida como Avenida Paralela, umas das principais da cidade, causando grande engarrafamento na região.

O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito, considerou ilegal o movimento grevista da Aspra e ordenou que os policiais voltem ao trabalho imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 80 mil.

“Medidas enérgicas”

O governador Jaques Wagner, depois de solicitar apoio das Forças Nacionais disse que “não admitirá que a segurança da população baiana seja colocada em risco por um pequeno grupo de pessoas, ainda mais porque estas desconsideraram a decisão judicial que considerou a greve ilegal”.

O chefe do Executivo disse ainda, em nota enviada à imprensa, que “neste momento, o diálogo e o bom senso são as melhores formas de superar o impasse. Porém, na defesa dos interesses maiores da população baiana, continuarei usando medidas enérgicas, caso isso se faça necessário”, concluiu Wagner. (De Agência)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


Últimos Comentários