Mesmo integrando a base da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara de Deputados, o líder da bancada nordestina, Gonzaga Patriota (PSB-PE) não alivia nas críticas ao investimentos federais voltados à saúde pública. O socialista defende, inclusive, a aprovação da emenda 29 – que determina um teto mínimo de recursos destinados ao setor – como saída para melhorar o sistema.

Gonzaga aproveitou números divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para reforçar seus argumentos. Segundo a OMS, o Brasil está entre os países que menos destinam recursos para a saúde em relação ao PIB. Em 2010, gastou apenas R$ 2 por habitante.

O parlamentar também revelou dados da Confederação Nacional de Saúde (CNS), os quais indicam que dos 6 mil hospitais brasileiros, apenas 1,6 mil são públicos, comprando ao setor privado 95% dos procedimentos médicos especializados de alto custo. “Os gastos públicos com a saúde no Brasil, somando todos os níveis do governo, não ultrapassam 3,4% do PIB, que representa 48% do total gasto na área”, afirmou o socialista.

Segundo Gonzaga, os investimentos do governo com a saúde correspondem à ínfima taxa de 7% dos trilhões arrecadados pela Receita Federal, ficando mais da metade da população obrigada a recorrer ao setor privado. “Isto é, independentemente do que dispõe a nossa Constituição Federal, que disciplina que a assistência à saúde é universal e de responsabilidade do estado, vimos que, de cada R$ 100 que os brasileiros despendem com saúde, R$ 62 são gastos no setor privado e apenas R$ 38 são destinados pelo setor público”, informou o deputado.

Para o lider da bancada nordestina, somente com a emenda 29, “sem criação de impostos”, o País poderá consolidar o estado de direito social estabelecido na Constituição Brasileira, dando uma prova de estar sensível ao clamor do seu povo por uma saúde de melhor qualidade. (com informações da assessoria)