Gerente regional sobre avenida da zona oeste: “Compesa fez sua parte”

por Carlos Britto // 10 de junho de 2010 às 07:04

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O gerente regional da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Itamar Fernandes, admitiu a parcela de responsabilidade da empresa sobre a avenida 26, de acesso aos bairros Alto da Boa Vista e São Gonçalo, na zona oeste de Petrolina. Mas não aceita carregar sozinho a culpa pelos transtornos.

Na audiência pública de ontem (9), Itamar deixou claro que a prefeitura municipal até hoje não cumpriu sua parte no acordo selado no ano passado, ao contrário da Companhia.

Itamar lembra que a recuperação na rede dos tubos de abastecimento foi feita dentro das normas técnicas de engenharia. Mas justificou que, após os serviços feitos pela prefeitura que comprometeram a rede, a tubulação não poderia ser retirada porque esse trabalho deixaria mais de 50 mil pessoas da zona oeste sem água, e por tempo indeterminado. Segundo o gerente, a tubulação teria de ser rebaixada, inclusive com a utilização de explosivos.

O fato foi explicado pelo gerente da Compesa, Roberto Tavares, ao prefeito Júlio Lóssio. Numa audiência pública na Câmara de Vereadores, em 2009, as responsabilidades chegaram a ser divididas entre município e Compesa. Segundo Itamar, ficou acertado na ocasião que a prefeitura faria a pavimentação em paralelepípedo da avenida 26, além do recapeamento em asfalto, como prevê o contrato para outras ruas da cidade. À Compesa cabia a missão de modificar o sistema de drenagem pluvial da avenida, inclusive fornecendo todo o material desse trabalho.

Mas o gerente garante que de lá para cá, a prefeitura nunca mais entrou em contato com a empresa. “Não tivemos mais nenhuma notícia. A Compesa não foi advertida, a prefeitura não procurou mais a Compesa, até porque seus técnicos ficaram responsáveis pelo andamento da solução que foi dada naquele momento (da audiência), no ano passado”, argumentou.

Com um ofício em mãos fruto do acordo, Itamar informa ter enviado o documento ao Ministério Público Federal (MPF), em fevereiro deste ano, mostrando que Compesa fez sua parte. O gerente lembrou ainda que a Caixa Econômica, órgão financiador da obra, ainda não repassou os recursos para a prefeitura, reforçando o fato de que o problema, agora, não está com a Compesa.

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