A Associação dos Fornecedores de Cana Pernambuco (AFCP), órgão que representa 12 mil agricultores, solicita formalmente hoje (12) ao governador Eduardo Campos que decrete estado de emergência no estado por conta da seca. Nesta quarta-feira a entidade entrega um documento ao coordenador estadual de combate à seca, Ranilson Ramos, que também é secretário de Agricultura.
De acordo com a associação, o pedido é motivado pela perspectiva de continuidade da estiagem, conforme revelam os centros meteorológicos. A previsão indica a continuidade do déficit hídrico para os próximos meses. “Não tem como suportar mais seca”, diz o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima. Segundo ele, os agricultores ligados à produção sucroenergética pernambucana já amargam perda de 50% do faturamento em função da estiagem. Se confirmada a previsão, a situação será agravada, afetando, inclusive, o período de brotação da cana da próxima safra e prejudicando outras culturas agrícolas e a questão agropecuária.
Com a decretação de estado de emergência, o estado teria condições de agilizar a liberação de recursos federais nas áreas de abastecimento e de apoio aos agricultores que percam a produção. Com a mesma intenção, o Ceará decretou a situação por meio do Decreto nº 31053. Na época, 174 municípios sofriam com a estiagem. No dia seguinte, Ricardo Coutinho, governador da Paraíba, prorrogou o decreto que deste o final de maio, já oficializava o cenário caótico. Cerca de 170 cidades paraibanas sofrem diretamente com a estiagem prolongada.
