Fernando Filho defende medidas de Dilma para manter estímulo ao consumo

por Carlos Britto // 26 de dezembro de 2011 às 08:46

Num dos últimos discursos proferidos na Câmara Federal neste ano, o deputado Fernando Filho (PSB-PE) respaldou as medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff para enfrentar as turbulências da nova crise que atinge as principais economias do mundo.

Segundo Fernando Filho, o anúncio do pacote do governo, há poucos dias, que incluiu a concessão de crédito em condições mais favoráveis ao consumidor e também a redução de impostos para reduzir preços de itens da cadeia produtiva (a exemplo dos eletrodomésticos da chamada ‘linha branca’ e os das massas alimentícias) foi acertada.

O parlamentar ressaltou que a decisão é de grande alcance, sobretudo para as camadas de menor poder aquisitivo – as classes C,D e E. Para esse grupo o governo liberou R$ 5 bilhões destinados ao financiamento dos bens duráveis em questão. Dessa forma Fernando Filho acredita que a economia brasileira continuará aquecida, já que as pessoas não deixarão de comprar e o país continuará produzindo.

“Trata-se de uma decisão de absoluta coerência com o propósito de preservar a economia nacional, porque, ao contrário do que historicamente ocorria no Brasil e nos então demais países chamados subdesenvolvidos e/ou em desenvolvimento, quando a prioridade eram os ganhos do mercado financeiro, desde a posse do presidente Lula a ênfase passou a ser o mercado consumidor interno, ou seja, o próprio povo brasileiro”, ressaltou o parlamentar, acrescentando que a Região Nordeste é a maior prova disso.

Redução de impostos

Ele disse ainda que a redução do IPI e do IOF para uma cesta de produtos, embora ainda incida sobre relação de itens bastante restrita, sinaliza claramente que há uma disposição do governo em aliviar a carga tributária no País, começando por uma pauta de consumo bastante popular. Segundo o deputado, as medidas incluem mudanças igualmente positivas na área da construção civil, uma vez que se ampliou o teto para habitações populares (de R$ 75 mil para R$ 85 mil) se enquadrarem no regime especial de tributação. E há também, segundo o deputado, dispositivos que intentam aliviar a carga tributária dos exportadores de manufaturados.

“Tudo isso deverá garantir um crescimento do nosso PIB em torno de 3% em 2011, índice considerado bastante positivo, se comparado com as marcas a serem obtidas pelas principais economias europeias e pelos Estados Unidos, com resultados absolutamente pífios e preocupantes”, afirmou. Para 2012, Fernando Filho prevê um retorno do país a um ritmo de crescimento econômico na casa dos 5% anuais, diante dos estímulos ora concedidos ao consumo, cujos maiores reflexos acontecem de seis a oito meses após a sua implantação – a partir do segundo trimestre do próximo ano.

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