Família Coelho, em peso, prestigia homenagem do Senai a ex-senador

por Carlos Britto // 08 de novembro de 2011 às 05:57

Uma homenagem simples, mas carregada de emoção, marcou, na noite desta segunda-feira (07), a inauguração do auditório do Senai Petrolina, que passa a se chamar José de Souza Coelho. O local já existia, mas a decisão de batizá-lo com o nome do empresário e e ex-senador (falecido em 2007) partiu do Conselho Regional do Senai, presidido por Jorge Côrte Real – que também é o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).

A solenidade contou com a presença dos quatro irmãos de “Seu” Zé Coelho, como era conhecido – Adalberto, Osvaldo, Geraldo e Augusto. Ao lado da viúva, Lívia Cléa, Luís Eduardo e Ciro Coelho – filhos do ex-senador – também estavam lá. O deputado federal Fernando Filho acompanhou o pai, Fernando Bezerra Coelho, sobrinho de Zé Coelho. Lideranças da Velha Guarda, como o ex-deputado Diniz Cavalcante, e da atual geração, como o prefeito Júlio Lóssio, prestigiaram o evento, que também contou com representantes da Câmara de Vereadores – ex e atuais – e líderes de partidos, entre outras autoridades.

O ministro, inclusive, deixou de lado o cargo que ocupa no governo federal para dar seu testemunho familiar a respeito do tio. Chegou a lembrar, ao ser perguntado pela filha do homenageado, Lívia Paes Barreto, se poderia estar presente em Petrolina para o evento. Garantiu que só não poderia na sexta (11), porque já tem uma viagem internacional pré-agendada. Mas em qualquer outra data fazia questão de participar da homenagem ao “tio José”, como carinhosamente o chamou.

Fernando destacou que Zé Coelho foi fundamental para transformar os investimentos feitos pelo pai, Clementino, o coronel ‘Quelê’, no que viria a se chamar grupo empresarial Coelho (após a morte do pai, na década de 50). Também lembrou do lado político do tio, o qual – segundo o ministro – era um grande articulador, a ponto de brigar junto à Chesf para trazer energia a Petrolina, ou de construir um grande centro administrativo na cidade, onde hoje fica a sede da prefeitura.

Ele ressaltou ainda a admiração de Zé Coelho por festas, especialmente o Carnaval, quando saía pelas ruas de Petrolina visitando os amigos com uma banda em cima do seu jipe. Sobre o tio empresário, FBC lembrou que chegou a trabalhar como diretor-superintendente por três anos no curtume Moderno, presidido por Zé Coelho, após retornar de São Paulo recém formado. Viu no tio, durante esse tempo, a figura hábil de grande vendedor, que sabia conquistar clientes como poucos, criando até vínculos de amizade. “Ele dizia que o segredo era uma boa venda e uma boa compra e que indústria nenhuma daria o valor agregado que um bom comprador, ou um bom vendedor, teria a oferecer a seus clientes”, frisou. Voltando a comentar sobre a homenagem do Senai a Zé Coelho, o ministro argumentou que o nome do auditório ajudar a perenizar a história de luta e lição de vida que o ex-senador deixa não apenas para sua família, mas para o país e sobretudo a Petrolina.

Mais depoimentos

O prefeito Júlio Lóssio foi outro que não poupou elogios ao homenageado. Em seu discurso, lembrou que nenhum profissional liberal que chegou a Petrolina disposto a contribuir com a cidade deixou de ser ciceroneado por Zé Coelho. Ele destacou ainda o carisma do ex-senador em lidar com a gente simples de sua terra. “Tratar bem médico, deputado, governador, secretário é fácil. O que mais me admirava em Seu Zé era sua capacidade de tratar bem e trazer para perto de si os mais simples”, definiu. Ele aproveitou para entregar, assim que encerrou suas palavras, uma bandeira da cidade à Lívia Paes, que é embaixatriz do Consulado do Brasil em Portugal.

Falando em nome da família de Zé Coelho, sua filha Lívia agradeceu a presença dos seus tios e primos na solenidade. Entre outras coisas, ela fez questão de ratificar o lado humano do ex-senador, que também administrou Petrolina como prefeito. “Essa cidade tem um povo que ele constantemente amou. Meu pai sabia escolher tudo de extraordinário na experiência humana, mas ele também tinha um espírito empresarial muito forte, que contribuiu para o êxito de Pernambuco do Grupo Coelho”, enfatizou.

O presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, lembrou que a homenagem marca um momento histórico para Petrolina, pela representatividade de Seu Zé. Amigo pessoal do ex-senador, Côrte Real contou dos tempos em que ele foi vice-presidente da Fiepe e das experiências que aprendeu ao lado dele. “Aprendi com Zé Coelho várias coisas, principalmente o amor pela nossa terra”, afirmou o presidente, que após encerrar suas palavras entregou um buquê de rosas a Lívia Cléa, viúva de Zé Coelho. O secretário do Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo de Pernambuco, Antonio Carlos Maranhão, citou a grande capacidade de empreender do ex-senador, destacando o papel crucial que teve para trazer o Senai a Petrolina. Com capacidade para pouco mais de 300 pessoas, o auditório do Senai é destinado a eventos não apenas do órgão, mas de outras instituições da cidade. Ao final da homenagem, uma placa com o nome de Zé Coelho foi descerrada, seguida por um coquetel oferecido aos convidados.

Família Coelho, em peso, prestigia homenagem do Senai a ex-senador

  1. Juliane Passos Avena disse:

    Parabéns pela linda e merecida homenagem!

  2. Carlos Avena disse:

    Lívia, seu pai será sempre merecedor destas homenegens. Parabéns a toda Família.

  3. Fernanda Carrilho disse:

    Minha querida amiga Lívia, embora não tenha conhecido o teu pai, a forma carinhosa e embevecida, como sempre falaste dele, e todos esses testemunhos que acabei de ler, são a prova viva que Seu Zé Coelho é merecedor dessa bonita homenagem. Sê bem vinda a Lisboa. Até breve.
    Um beijo do tamanho do mundo. Fê

  4. Gastão Cordeiro Filho disse:

    Lívia querida!
    Você deve sentir orgulho por esta homenagem prestada ao seu adorado pai. Parabéns por suas lindas palavras, que foram carregadas de sentido e grande significado.
    Abraço carinhoso extensívo a sua mãe e irmãos.
    Seu primo Gastão

  5. Luiza Sawaya disse:

    Queria Livia,
    Gostei de saber das muitas histórias sobre os empreendimentos de seu pai, sobretudo, como você mesma ressaltou no dia da homenagem, sobre seu lado humano. Um grande abraço e toda a minha admiração. Luiza

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