A rotina de pais e alunos da Escola Estadual Manoel Xavier de Paes Barreto, em Petrolina, tem sido marcada por incertezas e prejuízos à aprendizagem. A unidade, que deveria funcionar em tempo integral, vem operando com aulas reduzidas desde o início do ano letivo. Segundo a mãe de uma aluna, a justificativa apresentada pela direção é a paralisação das atividades das merendeiras.

Ainda segundo ela, os pais de estudantes já buscaram respostas junto à direção da escola, à Gerência Regional de Educação (GRE) e até à Ouvidoria do Estado, mas até agora nenhuma providência foi tomada.

“Desde o começo do ano, nossos filhos quase não têm aula no turno da tarde. A única justificativa é que as merendeiras estão com as atividades paralisadas. Mas ninguém nos dá uma previsão, só empurram o problema de um lado para o outro. A empresa terceirizada culpa o Estado, o Estado culpa a empresa. E quem paga por isso são as crianças”, desabafou.

Ela ainda relatou que em dias letivos, os alunos precisam levar lanche de casa, mesmo sendo responsabilidade do governo estadual fornecer a alimentação nas escolas públicas.

“A gente coloca os filhos numa escola de tempo integral não só pela qualidade do ensino, mas para que fiquem ocupados com atividades educativas ao longo do dia. E nós, pais, também somos afetados, porque temos que sair do trabalho para buscar as crianças antes do horário previsto, que seria às 16h30. Isso tem causado transtornos para todos”, completou.

Diante da situação, pais pedem a intervenção urgente do Ministério Público de Pernambuco para garantir o funcionamento pleno da escola e o cumprimento do direito à educação e à alimentação escolar. O espaço segue aberto para esclarecimento por parte da Secretaria de Educação do Estado.