O ex-vereador de Petrolina, Pe. Antonio Moreno nos encaminhou uma crônica sobre a atuação das escolas de ensino técnico e profissionalizante no Brasil. Na visão dele e de outros profissionais da área de educação tecnológica e profissional, a expansão sem planejamento dos Institutos Federais (IFs), coloca em risco a qualidade do ensino oferecido. Confira:
“Uma reflexão necessária, atual e coerente. Pensar dói, incomoda, mas é necessário!”
“Em recentíssimo artigo (11 de fevereiro), o Prof. Cleberton dos Santos, do IFBA – Campus Paulo Afonso, manifestou sua visão acerca dos Institutos Federais. Com o título sugestivo, “A outra face dos IFs”, o professor tornou conhecida uma realidade que, segundo ele, é desconhecida pelos pais dos estudantes da instituição.
Considerando a experiência na Instituição, a capacidade de pensador e, sua vontade de contribuir na construção e consolidação de uma educação profissional de qualidade, decidi comentar alguns aspectos que considero importantes para uma avaliação da realidade de nosso Instituto.
A outra face dos Institutos Federais, segundo o professor, “não tão bonita quanto aquela sempre apresentada na mídia, é fruto do projeto de expansão desordenada do nosso Governo Federal para os Institutos Federais e da prática de gestores mal preparados para os novos desafios da educação no século XXI”. Nesse ponto torna-se pertinente minha adesão ao pensamento do referido professor, pois me lembro que em uma das vezes que participei de algumas reuniões de nossa instituição para avaliarmos a proposta e darmos o parecer do nosso CEFET, dizíamos que era necessário evitar precipitação e analisar com serenidade a proposta e as condições locais para tal empreitada.
Outros enfatizavam apenas os aspectos positivos do projeto e estavam determinados a concordar com a proposta do Governo Federal que, segundo o professor Cleberton, “na ansiedade política de inaugurar novos campi em várias cidades do Brasil, permitiu e estimulou que fossem inaugurados Institutos que já nasceram em situação precária: mal estruturados fisicamente, administrativamente desorganizados e com material humano e outros materiais insuficientes.
Nesses Institutos, nascidos prematuramente, faltam professores, faltam materiais básicos para o trabalho pedagógico, faltam equipamentos tecnológicos míninos para o bom andamento das aulas, faltam livros nas bibliotecas, faltam laboratórios para determinados cursos, faltam equipamentos específicos para a plena realização de algumas disciplinas técnicas, faltam estruturas físicas adequadas ao modelo de educação tecnológica entre outros. Enfim, faltam as condições básicas e plenamente adequadas ao bom funcionamento da rede federal de ensino profissional e tecnológico. Por isso, afirmo que nasceram “prematuramente”, diz o autor da matéria.
Pensando no contexto nacional, não podemos deixar de considerar que a avaliação é coerente. Certamente, como o Brasil é um país plural, as realidades dos CEFETs não eram iguais. Não é preciso muito esforço para constatar que, em muitas realidades, faltavam ou ainda faltam as condições necessárias para um funcionamento dos Institutos coerentes com a proposta do governo. No entanto, é também importante reconhecer que a nossa Instituição, na época, contava com uma razoável estrutura física e um corpo docente e técnico de nível bastante razoável. Por outro lado, é também verdade que mentalidade não se muda por decreto.
É fundamental reconhecermos nossas limitações, termos clareza da proposta e das exigências de mudança de postura, atitude e comprometimento. Toda mudança traz consigo crise que, se bem enfrentada, desemboca em um processo contínuo de amadurecimento. É necessário encarar essa realidade com serenidade para que a Instituição possa acertar os passos na busca de um projeto de excelência.
Outro grave problema vivenciado hoje nos Institutos Federais, segundo o professor, é a falta de uma gestão democrática e participativa como ocorre nas Universidades Brasileiras. O modelo de gestão institucional é muito engessado e mais parecido com o gerenciamento de técnicos industriais do que de professores, intelectuais e livres pensadores, afirma o professor Cleberton . O saber humano, acrescenta, seja ele científico tecnológico ou artístico, não é construído baseado unicamente em regras e normas da legislação trabalhista, portarias e resoluções da burocracia educacional. O saber universal foi sempre construído através do estímulo à produção, à criação, à investigação e ao compartilhamento de idéias e dos produtos gerados pelos docentes, discentes, técnicos, analistas e toda a comunidade que interage no ambiente acadêmico. Isso tem sido constantemente esquecido por aqueles que dizem administrar a educação federal nos Institutos, conclui o professor.
Concordando ou não com o conteúdo desta matéria, um profissional comprometido não pode deixar de pensar e refletir a partir das indagações feitas aqui. Será que realmente queremos para nossos filhos uma educação oferecida nas condições em que temos hoje em nosso Instituto? Será que o Governo Federal está realmente cumprindo seu papel de oferecer uma educação pública, gratuita e de qualidade? Será que os Institutos Federais estão realmente caminhando para se tornarem centros de excelência no ensino básico e tecnológico superior no Brasil e em nossa Região? Ou será tudo um engodo político para divulgar estatísticas e mais estatísticas da falsa evolução da educação brasileira?
Nós, cidadãos brasileiros, devemos pensar e repensar sobre essas questões educacionais que envolvem o presente dos nossos filhos e o futuro da nossa nação. Pensar e cobrar atitudes de mudança aos representantes legais que nós elegemos! Pensamento e ação são as bases de toda revolução social desafia o professor. Cabe a todos nós, comprometidos com nossa Iinstituição, pensar e agir de forma coerente com o nosso papel de educadores e cidadãos comprometidos.”
Antonio Moreno



Uma pergunta que até o mmomento não temos repostas.
Padre Antonio será novamente candidato à VEREADOR ?
Quem nos dará essa resposta ?
Brito, vc é o escolhido para fazer esta pergunta a ele.
Boa pergunta, mas em um pais que dança reboleixon, que faz do “ai se eu te pego” hino nacional,e elege um palhaço( o melhor, vários diga se de passagem) você acha que a espaço para aqueles que querem realizar um trabalho serio. Ótimo post padre, mas esse povo não tem jeito. Em quanto ao IF, realmente La saem mais idiotas do que técnicos.
desculpas zion mais voce deve ser um desses indiota que saiu de la, acho que voce deveria respeita esses futuros proficionas,vai estudar seu crosso.burro.se nao tem o que falar fica calado.
padre diminua seus comentário, torna- se cansativo , são extenso pode muito bem, resumir e entendermos sua mensagem, numa redação com 18 linhas, colocamos a introdução, desenvolvemos e concluimos
padre antonio esta com toda razão o if petrolina esta mal administrado mesmo , sou aluno do curso de agricultura estou no 4 semestre e visitas tecnicas foram poucas onibus tem mais e a falta de administração que inpede o desenvolvimento do if, o campo nem se fala fui aluno colaborador e vi a falta de programação do mesmo.
Comeu, comeu e agora fala né!
Padre Antonio é o velho conhecido do IF, desde a época de CEFET, critica demais e faz de menos. Hoje o IF está ruim, mas na época do CEFET, ele também malhava. Ano político, começam as ofensas, seria bom que falassem menos e trabalhassem mais, não é? Passou quase 06 anos na Itália e já chega provocando, faz me rir!!!!!!
ÓTIMO DESABAFO PADRE ANTONIO, REALMENTE OS IFS, ESPECIALMENTE OS DO SERTÃO, NÃO PASSAM POR UM BOM MOMEN TO, OS CAMPOS PETROLINA, E PRINCIPALMENTE O ZONA RURAL ESTÃO TOTALMENTE DEFASADOS, LABORATÓRIOS INEFICIENTES,APARELHOS VELHOS, INOPERANTES,BIBLIOTECAS COM A MAIORIA DOS LIVROS DESATUALIZADOS, POUCAS AULAS PRÁTICAS, COMPROMETENDO ASSIM A FORMAÇÃO DO ALUNATO.INFRAESTRUTURA É INDISPENSÁVEL A QUALQUER INSTITUIÇÃO PRINCIPALMENTE A TÉCNICA…
Interessante, mas eu já sabia que, quando escrevo algum texto sobre algum tema, os leitores do Blog, em vez de comentarem o assunto, expondo sua opinião, eles desviam-se do tema, para questionar a minha pessoa ou minha vida profisional!!!! Mas até hoje não entendi o motivo. Eu sou velho conhecido do CEFET e pelo que parece, quem fez esse comentário também o é, com uma diferença muito grande: eu não me escondo, exponho minha idéia e assumo. Pelo visto essa pessoa deve ter feito parte de alguma gestão no passado e, quem sabe nesta atual, pois tem informações de minha vida profissional só que não estão bem corretas: acho que não passei seis anos fora. Defendi a tese em fevereiro de 2011 e voltei. Mas isso não vem ao caso, muitos outros professores se afastaram para mestrado e doutorado inclusive com bolsas de órgãos do governo, o que nunca tive. Estudar não é pecado e nem defeito e muito menos irresponsabilidade, portanto, minha profetisa, o nome com o qual se identifica não está adequado ao seu comportamento, pois uma das característica de uma profetiza é a causa boa que defende, a verdade e a liberdade. Além disso, profetiza, eu nem critiquei o nosso IF Sertão Pernambucano. Comentei um artigo de um colega professor de um outro IF que analisa a expansão do ensino tecnológico do governo federal. Eu apenas comentei emitindo alguma opinião que pode ou não incluir o nosso. Inclusive até defendi que o nosso CEFET no momento da transformação em IF. transcrevo o elogio que fiz ao nosso IF: O CEFET contava com uma razoável estrutura física e um corpo docente e técnico de nível bastante razoável. Como se constata, a autora da referencia negativa a mim, está equivocada, faz comentário passional e faz critica apenas para denegrir a minha imagem. Se leu o meu texto, é analfabeta funcional, se não o leu integralmente, e já passou a me atacar, seu comentário é encomendado. Se não se escondesse por traz desse título, poderíamos travar um debate sério, consistente, sem ofensa e veríamos quem é que faz de menos. Eu estou no Brasil desde fevereiro de 2011. Não há relação direta alguma de ano eleitoral com IF. Só na sua cabeça.
Por que a preocupação em saber se vou ser candidato ou não!!!!! ´Será desejo de fazer minha campanha ou para prepararem a metralhadora para criticar-me!!!! Creio que não se deva atacar qualquer cidadão que deseje ser candidato, pois só será eleito se os elitores votarem. Disse eu um programa de Radio que minha prioridade, ao voltar, retomar o trabalho na Igreja e IF.
Gostei muito da a nálise feita, sou do IF e acho que devemos refletir sobre para atingirmos a excelência. O Governo Federal está investindo muito na expansão da rede, portanto não podemos nos comportar euforicamente com isso. Muita calma nessa hora! Criar cursos sem qualquer estrutura só para poder angariar recursos?!?! Não é por aí.
Incrível como as pessoas hoje mal sabem escrever , entretanto, sabem denegrir a imagem de uma instituição que tem mostrado seu valor, historicamente. Não sei quem é o fulano que chamou os técnicos de “idiotas”, mas deixo aqui meu repúdio para estes idiotas de plantão que não sabem a diferença do “traz” verbo para “trás ” preposição e saem por aí escrevendo asneira. Se ligue professor, reveja o contexto
kkkkkkkk…. fui aluno do IF “informatica”e desisti pois achava que seria de grande valor para mim, mas ao entra percebi que já sabia muito mais do que era ensinado naquele local..e acho muito chato esta em uma turma onde ensino mais do que aprendo….e quando chamo de idiotas chamo com razão pois sou instrutor de cursos de manutenção em micro e como você explica . “técnicos ” formados e ate pessoas de cursos superiores de outas instituições que chegam arrotando” que são especialistas e não conseguem tirar a nota minima em uma simples provinha de um simples curso de manutenção. e claro que ha exceções. nas quais com certeza você não se enquadra,mas ainda são minoria.e você pode ate não saber quem eu sou, mas pode ter certeza eu sei quem você e?
Claraluz, parece a mesma pessoa do comentário anterior, com a mesma índole, pois não se identifica. Vi o traz em lugar de trás. Como vc é profunda! Certamente há outros erros de ortografia e construções que poderiam ser feitas de forma mais adequada. Eu vi outros erros ao reler o meu comentário. Mas isso não significa que não se saiba escrever. Todos entenderam o contéudo do texto. Creio que ler e não entender o que leu seja um problema muito mais grave e, de difícil solução. Trata-se de parender a pensar, a refletir, compreendendo objetivamente um texto. Parece que vc não prestou atenção ao título da matéria publicada no Blog: “Ex-vereador Padre Antonio questiona o comprometimento da qualidade na expansão do ensino técnico e profissionalizante no Brasil”. A matéria trata da qualidade da expansão do ensino técnico e profissionalizante no Brasil. Portanto, senhora, não se trata de uma instituição em particular. Vc é que precisa ver o contexto que gerou o texto: a expansão da educação profissional e tecnológica no Brasil e não o IF Sertão pernambucano. Como pode recriminar uma atitude comportando-se de forma semelhante. Veja o que escreveu: “Não sei quem é o fulano que chamou os técnicos de “idiotas”, mas deixo aqui meu repúdio para estes idiotas de plantão”. Se achou inadequado chamar os técnicos de idiotas não deveria chamar alguém de idiota só porque não concorda com vc. Vc não sabe quem chamou os técnicos de idiotas pela mesma razão que não sei quem é vc. Quem fez o comentário preferiu não se identificar como vc também. Mas eu compreendo. É mais fácil atacar do que procurar pensar para entender o que, no texto, é razoável ou não. É dificil discordar com fundamentos. Faz isso apenas os que não pensam sobre os fatos, os acontecimentos de forma objetiva. É mais fácil comentar um erro ortográfico do que entender um texto no seu contexto.
Por falar em texto e contexto pq o senhor não defende o fato de perceber “seus alunos” os técnicos, serem chamados de idiotas. Isto não lhe aborrece professor? Por acaso o senhor não é formador de opinião e destas pessoas? Apenas um conselho “um pouco de humildade , padre, não faz mal a ninguém”
Desculpe padre, no meio de tanta falação não o cumprimentei.bom saber que esta entre nos.Padre antônio uma das mentes mais lucidas e brilhantes que tive o prazer de conhecer.e com certeza imune ao veneno de mentes pequenas e ressequidas.E ate o padre sabe que em meio a tantas mentes a sempre aquelas poucas brilhantes e.. aquelas… como posso dizer ….idiotas. (desculpem vou mudar o termo já que os idiotas se incomodaram.)menos brilhantes.
Clara Luz, eu não deveria alimentar este tipo de debate, pois não leva a nada. Mas, é preciso esclarecer. O que está em debate é o ensino, a educação profissional que tem recebido muito investimento do governo federal para sua expansão. Não há porque algumas pessoas ficarem iradas e passarem para o ataque pessoal. Não é novidade nenhuma o fato de que a educação em geral melhorou muito em termos de quantidade. Mas todos sabemos que melhorar a qualidade é um grande desafio que nós brasileiros temos que enfrentar. E a expansão do ensino profissional e tecnológico cresceu muito nos últimos anos. Em vez de atacarem quem coloca o evidente, as pessoas incomodadas poderiam ver o tem como um desafio, uma tarefa que depende de todos, professores, gestores, sociedade em geral e do governo: elevar a qualidade da educação oferecida.
Eu apenas me defendi dos ataques, não ataquei antes de ser atacado. Não chamei as pessoas de idiotas como fez vc. Não defendi o uso do termo idiotas aplicado aos nossos alunos, apenas compreendi o que o comentário do leitor quis explicitar, como ele explicou depois. Agora, vc sim chamou de idiotas as pessoas que pensam diferente de vc. Portanto, quem precisa de humildade e espírito democrático é vc, Clara luz, pois o tema em questão é educação profissional e não as pessoas, os professores e, muito menos quem quer participar de um debate democrático sobre um tema importante para todos.