Em nota, o ex-prefeito de Mirandiba (PE), João Batista Martins, argumentou que o poço do distrito de Cachoeirinha, interditado no fim de abril pela prefeitura municipal, foi feito de forma irregular.
Batista afirma que o projeto de abastecimento d’água de Cachoerinha foi realizado no fim de 2004, na gestão de Jorge Rubens de Sá, através de um convênio firmado entre a prefeitura com a Funasa, no valor de R$ 174.010,93.
Segundo nota enviada à imprensa por João Batista, o atual prefeito Jorge Rubens não esperou o envio dos recursos do governo federal e executou todo o serviço do poço artesiano, fazendo compras na loja Tupan, de Serra Talhada (PE), em nome da prefeitura.
Eleito em 2004, Batista assumiu a prefeitura em 2005 e recebeu o repasse da Funasa em duas parcelas de R$ 47.010,93, mas foi orientado a não levar adiante o projeto de abastecimento de Cachoeirinha feito na gestão passada. “Depois de me reunir com o engenheiro da prefeitura, contador e assessoria jurídica, fui orientado a não executar o pagamento da tubulação na Tupan, pois o valor da contrapartida está acima do permitido por lei”, informa.
O ex-prefeito frisa que em meados de 2007 perfurou outro poço mais próximo do distrito, buscando resolver o problema da falta d’água na localidade, porém a vazão foi insuficiente para o consumo da comunidade. “Foi instalada energia elétrica com recurso próprio do município e, após teste de vazão, foi comprovado que a água era de boa qualidade, mas a vazão era insuficiente para tamanho consumo. após tal constatação de que a água seria insuficiente não usei um centavo do recurso disponível pela Funasa”, assegura Bastista, emendando que deveria ter devolvido o dinheiro à Funasa, assim como o atual prefeito tem o dever de fazer.


