Ex-deputado Geraldo Coelho esclarece os efeitos da aprovação do Código Florestal para a região

por Carlos Britto // 16 de maio de 2011 às 16:15

Após o debate no âmbito nacional a respeito da reforma do Código Florestal Brasileiro, o engenheiro civil e ex-deputado estadual, Geraldo Coelho, envia nota ao Blog opinando acerca dos efeitos da aprovação do Novo Código Florestal nas margens do Rio São Francisco. Leia a nota:

O Nordeste era batizado como bolsão de pobreza e hoje o Rio São Francisco tem contribuído e muito para geração de emprego, renda e o crescimento do PIB.

A vazão do São Francisco variava de 600 a 16.000 metros cúbicos por segundo. Hoje o controle da vazão em razão da construção de barragens sucessivas é de 2.000 metros cúbicos por segundo. Não mais existem enchentes devastadoras. A margem do Rio não é alterada, portanto, estável a calha do Rio.

Na zona rural, muita irrigação gerando milhões de dólares na exportação de frutas para a Europa, Estados Unidos, e Japão. Na zona urbana, muitos investimentos imobiliários, principalmente próximo à margem do Rio, com a visão magnífica de beleza do Rio-Mar como se fosse Copacabana.

Assim, não se justifica preservar a mata ciliar com 500 metros. Precisa ser reduzida para no máximo 100 metros. Isto não acontecendo, será uma agressão ao desenvolvimento sustentável, pois irá prejudicar e muito o empreendedorismo causando muita miséria com a redução de emprego e renda.

O Rio São Francisco é a sustentabilidade do semiárido”.

Geraldo Coelho, Engenheiro Civil com mandato político por 35 anos.

Ex-deputado Geraldo Coelho esclarece os efeitos da aprovação do Código Florestal para a região

  1. Jaime Vasconcelos disse:

    Concordo, plenamente, com o nosso “grande visionário trator do sertão”, Petrolina tem a vocação para o desenvolvimento vertiginoso, basta uma volta pela cidade para ver a quantidade de condominios em construção, há um ar de prosperidade fluindo pela cidade. Este projeto sendo aplicado em nossa orla urbana ou rural seria um retrocesso com impacto gigantesco a esse desenvolvimento.

  2. welton aquino disse:

    Caros leitores, vemos até pela justificativa apresentada que o Novo Código Florestal que o mesmo não tem nenhum motivo sustentável. Ele diz que graças às barragens não existem mais inundações, mas antes existia, por que o homem ocupou uma área que era própria do rio na época das cheias. Não havendo a vazão que tinha antigamente, faz com que o Rio São Francisco fique cada vez mais raso devido ao seu assoreamento.

    As barragens permitiram também, a efetivação do agronegócio, modelo este que visa somente o lucro e o capital, e se desenvolve com o discurso de geração de emprego. Destaca-se que esses empregos são de caráter explorador não só pela carga horária muito grande, mas também pela pequena participação dos lucros.

    Então, o Novo Código Florestal visa contribuir apenas para os ruralistas que visam somente o capital e não se importam com a natureza ou com as condições dos trabalhadores, não existe desenvolvimento sustentável num sistema tão contraditório.

  3. Sanfranciscano disse:

    E tem aqueles que são contra a construção da Orla3 e do parque fluvial.

  4. DANIEL FERREIRA LEITE disse:

    Sr.Geraldo

    O desenvolvimento sustentável só possível com preservação da mata ciliar do Rio São Francisco; preservar só 100 metros é assinar atestado de óbito para as próximas gerações.
    Leiam sobre águas de Nova York. LÁ SIM ELES se desenvolver com responsabilidade.

  5. Engenheiro Florestal disse:

    Como pode tamanha desinformação desse ex-deputado? Está completamente por fora do que significa sustentabilidade.

  6. Osvaldo disse:

    Um engenheiro civil falando de conservação da natureza raramente acerta. Quando ele defende mais e mais construção a gente entende que os interesses são outros. DESENVOLVIMENTO não é nem pode ser só construção.
    Gostei dessa comparação com Copacabana kkkk só você, engenehiro civil.

  7. Morrendo pelos atos disse:

    Agente faz as coisas sem pensar no futuro, reduzir de 500 para 100 metros a mata ciliar é fazer com que o carbono deixe de ser capturado 4 vezes mais, ou vocês (do “DESENVOLVIMENTO sustentável e não da SUSTENTABILIDADE”) acham que esses 400 metros perdidos não tem seu papel no meio?
    Pois bem, sem o ambiente favorável não podemos viver (morreremos) e sem vida não poderemos fazer desenvolvimento!

  8. Desinformado disse:

    Pra quem não sabe e pra quem tem medo de os edifícios não serem construídos, na zona urbana o tamanho da app (mata ciliar) é menor. Quer construir? construa depois dela.

  9. ASSIS DORMENTES/PE disse:

    O problema não é apenas o entorno do Rio, está no desmatamento
    desordenado que vem acontecento mais destante do rio, ou seja nas partes mais alta, ocasinando assim as erosões que carrega para o leito deixando -o raso.
    não podemos pensar que preservando o entorno, estaremos resolvendo o problema, se fosse assim seria muito facil.

  10. Leitor disse:

    Eita que o ex-deputado ta querendo acabar com tudo de vez.
    O conteúdo da nota cheira a adesismo político, onde o cabra fica mais perdido que cego em tiroteio.

  11. Desconstruidor de Discurso disse:

    Concordo em parte com o Deputado Geraldo Coelho. Precisamos ter áreas efetivamente preservadas, mas isso não significa dizer que na área urbana não possa construir, entendo que neste caso uma compensação seria interessante. Sou contra destinar o acesso ao rio a particulares (condomínios). Aceito que se construa apenas obras públicas, ou seja, deveria ser assim: Até 100 metros, somente o poder público poderia intervir com obras para todos; a partir de 200 metros a iniciativa privada poderia atuar, desde que não privatizasse o acesso ao nosso querido rio São Francisco.

  12. Ambiente disse:

    A ganancia do homem vai extinguir a sua própria espécie. O que o HOMEM fizer a NATUREZA cairá sobre si mesmo. Matem o RIO SÂO FRANCISCO e o progresso. A natureza não sabe se deefender, mas sabe se vingar. Como são maus e sem inteligência os inimigos da natureza. Deus cuide do Rio São Francisco!!!

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