Estudantes da Univasf protestam na orla em defesa da educação pública

por Carlos Britto // 30 de maio de 2025 às 13:40

Foto: divulgação

Na tarde da última quinta-feira (29), estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realizaram uma mobilização na Orla de Petrolina (PE) como parte do Ato Nacional em Defesa da Educação Pública. O movimento, que também ocorreu em diversas cidades do país, teve como principal objetivo exigir a recomposição orçamentária das universidades federais e reforçar a luta pela valorização do setor.

A manifestação reuniu dezenas de estudantes de diferentes cursos dos campi da Univasf em Petrolina e Juazeiro (BA). Com cartazes e palavras de ordem, os jovens cobraram maior apoio do governo às universidades, ampliação da assistência estudantil e criticaram as restrições fiscais que têm afetado diretamente o funcionamento das instituições nos últimos anos.

Em alguns momentos, os manifestantes ocuparam a via da orla, interrompendo o tráfego de veículos para dar visibilidade ao protesto.  O encerramento da manifestação foi marcado por falas emocionadas dos estudantes, que destacaram a importância da união da comunidade acadêmica na defesa do ensino público e de qualidade.

O Sindunivasf – sindicato dos docentes da universidade – declarou total apoio à mobilização. O presidente da entidade, professor Rafael Torres, destacou o papel fundamental dos estudantes na luta por uma universidade forte e inclusiva. “Foi um momento de denúncia, reflexão e resistência, mas, acima de tudo, de comunhão da comunidade acadêmica em defesa da nossa instituição. Nos enche de orgulho e esperança ver a garra dos nossos discentes”, afirmou.

Entenda o protesto

As manifestações nas universidades federais, como a da Univasf, ocorrem em reação ao Decreto nº 12.448, editado pelo governo federal em 30 de abril de 2025, que alterou o cronograma de liberação dos repasses financeiros às instituições. Antes, o repasse do orçamento era feito mensalmente, permitindo que as universidades organizassem seus pagamentos de forma contínua. Agora, os valores só serão disponibilizados em três etapas ao longo do ano, sendo duas delas concentradas nos meses de novembro e dezembro.

A mudança gerou forte insatisfação, pois compromete a gestão básica das instituições. Universidades de todo o país têm alertado que, sem o fluxo regular de verbas, fica inviável manter serviços essenciais, como pagamento de água, luz, bolsas estudantis e funcionamento dos restaurantes universitários. Apesar de o governo ter anunciado, na última terça -feira (27), a recomposição de parte do orçamento (R$ 400 milhões) e a liberação de recursos retidos, reitores, docentes e estudantes seguem mobilizados, cobrando estabilidade e previsibilidade no financiamento do ensino superior público.

Estudantes da Univasf protestam na orla em defesa da educação pública

  1. Patricio Nunes disse:

    Mas cadê foto e nome do presidente? Não tô entendendo essa parcialidade toda.

  2. JOSE PEDRO QUIRINO disse:

    É uma pena que governo no governo Lula as Universidades esteja passando por esta situação. Imagine outro governo que seja inimigo da educação, como os de direita.

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